O candidato ao Governo de Mato Grosso pelo PR, Wellington Fagundes, contradiz o concorrente Mauro Mendes (DEM), que tem afirmado que o republicano é réu em uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF). Para isso, o republicano apresentou, durante entrevista ao LIVRE, uma certidão da Justiça que atesta não haver ação penal em seu nome.
Wellington, contudo, reconhece que é investigado, pois há um inquérito em aberto na Corte para apurar denúncia de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. O inquérito, porém, ainda não foi convertido em ação penal – e enquanto isso não acontece Wellington não pode ser considerado réu.
Wellington ainda destacou que o político não pode ter medo de ser investigado, pois isso faz parte da democracia. “Nós empoderamos o Ministério Público no Brasil, e isso é importante. Mas infelizmente, neste aspecto, cabe a quem recebe a acusação o ônus da prova. Mas a democracia é assim: cada vez se fortalecendo mais no Brasil e o político tem que estar aberto a ser investigado”.
A campanha de Mauro Mendes, recentemente, tem reiterado em diversas ocasiões que o Wellington, em fevereiro deste ano, tornou-se réu em decisão da Primeira Turma do STF.
Em resposta, o republicano disse que seu concorrente está desesperado para vencer as eleições e que por isso faz ataques. “E a Justiça Eleitoral já o penalizou com decisões para que retirasse as inverdades [de seu programa eleitoral]”.
De acordo com o candidato do PR, os ataques se dão pelo fato de que as pesquisas de intenção de voto apontam seu crescimento, apontando-o, em alguns dos levantamentos, em segundo lugar. “Não se joga pedra em árvores que não se dão frutos”, ironizou.
Inquérito no STF
O inquérito que pesa contra o candidato Wellington Fagundes se dá por fatos relacionados à chamada “operação Sanguessuga”, da qual acusa ele de recebido indevidamente valores em troca da assinatura de emendas parlamentares autorizando convênios entre a União e municípios para a aquisição de ambulâncias.
A acusação descreve o recebimento indevido de valores no período entre 2001 e 2006, quando Wellington ainda atuava como deputado federal por Mato Grosso. O republicano, ainda em entrevista ao LIVRE, disse que é contra corrupção e não tolera tal prática.