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Voluntários viajam 169 km para se cadastrar como doares de medula

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Voluntários viajam 169 km para se cadastrar como doares de medula
Foto: Geize Celestino

Moradores de Barra do Bugres viajaram 169 km, até Cuiabá, na sexta-feira (15), para se cadastrar como voluntários no banco de doação de medula óssea do MT Hemocentro. Nesta semana, 41 pessoas se dispuseram a ser doadores para ajudar um jovem morador da cidade, diagnosticado com leucemia. Há oito anos ele luta contra a doença.

O grupo faz parte da segunda caravana de voluntários. No início da semana, o MT Hemocentro recebeu 32 pessoas interessadas em fazer a doação. No total, já são 73 doadores que se deslocaram para fazer o cadastro. De acordo com a assistente social responsável pela organização da ação, Histsnéia Sandri, as redes sociais foram as ferramentas utilizadas para sensibilizar as pessoas.

“Sabendo da necessidade e da preocupação do Cauê, viemos sensibilizados por ele. Realizamos um trabalho de divulgação pelo Facebook e WhatsApp para convocar todos os que tinham interesse em ajudar”, explicou.

Mesmo sabendo que a chance de o paciente encontrar um doador compatível é pequena, a coordenadora explicou que todo esforço é válido. “Independentemente de ser compatível ou não, nós viemos ajudar. A intenção também é mostrar que podemos ajudar em qualquer momento, não somente quando aumenta o número de pacientes que precisam do transplante”, concluiu.

De acordo com os dados do MT Hemocentro, em 2017, estavam registrados 1.141 voluntários aptos a doação de medula óssea. Em 2018, o número subiu para 1.606 pessoas, um crescimento de aproximadamente 40%. Além disso, os resultados da unidade mostram que 1.565 pessoas estão aptas a doação, em caso de compatibilidade com algum paciente.

Todos os candidatos cadastrados serão automaticamente incluídos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome), um banco de dados dos doadores do mundo todo. Mesmo que não seja encontrado um doador compatível, esses voluntários ficam cadastrados para um caso em que haja a compatibilidade.

Foto: Governo do Estado

Doação

Para ser um doador de medula óssea, o paciente deve ter entre 18 e 55 anos, estar em bom estado de saúde, não ter doença infecciosa transmissível pelo sangue (infecção pelo HIV ou hepatite) e não possuir histórico de doença neoplásica (câncer), hematológica ou autoimune (lúpus eritematoso sistêmico e artrite reumatoide).

Após o preenchimento da ficha de inscrição e do termo de consentimento, é colhido 10 ml de sangue do potencial doador que, posteriormente, é encaminhado pelo MT Hemocentro aos Centros Credenciados e Especializados (Laboratórios de Imunogenética) para fazer o exame de Histocompatibilidade (HLA), ou seja, o teste de compatibilidade.

O teste identifica a tipagem da medula do pretendente doador. O resultado e o cadastro são enviados pelos laboratórios de imunogenética ao Redome.

Dependendo da doença e da fase em que ela se encontra, o paciente pode se beneficiar com uma forma específica de doação. É o médico quem orienta qual melhor forma de coleta de células.

O transplante de medula óssea é indicado para as pessoas que têm doenças que comprometem a produção de sangue pela medula como a leucemia e hemoglobinopatias. Em crianças, doenças genéticas ou casos de aplasia de medula também são tratados. Vários centros de saúde no Brasil estão devidamente aparelhados e qualificados para tal propósito.

Os candidatos interessados em doar medula óssea ou sangue podem entrar em contato pelo telefone: (65) 3623-0044.

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