5 perguntas para

Virginia Mendes: “Mauro é muito mais que empresário, prefeito ou governador”

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Virginia Mendes: “Mauro é muito mais que empresário, prefeito ou governador”
(Foto: Carolina De Vita/Reprodução)

Economista, mãe de três filhos e casada com o governador Mauro Mendes (DEM) há 24 anos, a primeira-dama Virgínia Mendes já demonstrou que é uma mulher de opinião forte e postura firme. Não aceitou assumir uma secretaria de Estado, mas está sempre presente nas ações do Governo e tem atuado intensamente nas questões sociais.

Polêmica em suas declarações e assídua nas redes sociais, Virginia Mendes não costuma deixar sem resposta críticas e provocações. Agora, dois meses após se tornar primeira-dama do Estado, ela fala sobre conciliação de tarefas, a família, programas de Governo, decisões do passado e a relação com Mauro.

Confira as cinco perguntas que Virgínia Medes respondeu para o LIVRE:

1 – A senhora não aceitou comandar uma secretaria de Estado devido aos negócios da família e aos filhos, mas está bem atuante no Governo. Como está conciliando o trabalho na empresa, a atenção aos filhos e o Governo?

Virgínia Medes – Eu sempre digo que nós mulheres temos essa capacidade de desempenhar várias tarefas ao mesmo tempo. Para tudo se encaixar eu procuro manter uma organização mais ou menos assim: separo um ou dois dias da semana para atender e resolver as questões de Governo, cumprir as agendas e participar dos eventos. Na empresa, temos uma excelente equipe de colaboradores e consigo fazer muitas coisas por meio de aplicativos. Isso me auxilia bastante. E com os meus três filhos não têm dia e nem horário. É dedicação integral. Sou uma pessoa de muita fé e busco me fortalecer em Deus, que é a minha fortaleza e para quem recorro primeiro nos momentos em que preciso renovar minhas energias e depois para minha família, meu porto seguro.

2 – Mauro Mendes encontrou um orçamento engessado no governo, com pouco espaço para manobras. E no orçamento da casa, quem manda mais?

Virgínia Medes – Como tudo na nossa vida, dividimos as funções dos cuidados da nossa casa e da nossa família. Até pela minha formação econômica, desde o início da nossa vida matrimonial, sempre fiz questão de participar mais ativamente nessa área financeira e organizacional.  Eu auxilio Mauro nesse sentido, pois ele sempre trabalhou muito fora de casa, mas decidimos tudo de forma conjunta. Somos uma família muito unida e temos a harmonia e o diálogo como principais fatores para isso. Nossos três filhos também nos ajudam, cada um à sua maneira. Os dois maiores, a Ana Carolinne, que é a mais velha, e o Luis Antônio, que é o do meio, ajudam na tomada das decisões, tanto em casa, quanto na empresa. E ajudam bastante também a cuidar da nossa caçulinha, a nossa Maria Luiza, que ainda é bebê, e requer cuidados como toda criança. Como mãe, acredito que, assim como em outros lares, temos a dinamicidade para administrar melhor e atender às demandas de todos. Temos essa sensibilidade nata. Sou muito grata a Deus pela família que tenho. Não tem nada mais precioso e valioso do que isso na minha vida!

3 – A senhora está atuando fortemente nas questões sociais do Governo e também é economista. Como avalia o principal programa do Governo Taques, o Pró-Familia, que prevê o benefício de R$ 100 a famílias necessitadas? Defende que seja mantido?

Virgínia Medes – Já disse em outras oportunidades e volto a reafirmar: eu não sou contra ao Pró-Família. Quando a secretária Rosamaria assumiu a Secretaria de Assistência Social, foram verificadas algumas inconsistências e já nas primeiras semanas de Governo recebemos uma dívida de três meses de atraso com a empresa que administra os cartões. Fomos comunicados pelo proprietário da empresa que, se não fossem quitados os débitos, eles não iriam fazer a recarga dos cartões do mês de janeiro em diante. Essa conta ficou para o Mauro pagar.

É importante ressaltar que a lei que criou o programa prevê que haja uma avaliação dos beneficiários, para verificar se eles realmente ainda precisam do benefício, se conseguiram ser inseridos no mercado de trabalho. E não encontramos essa avaliação. Tem uma auditoria em andamento e iremos dar total transparência do resultado final para toda a população, afinal os recursos usados no programa são do pagamento de impostos.

Após este levamento apurado teremos condições de avaliar qual o melhor caminho para o programa. Jamais vamos deixar as famílias, que realmente precisam deste auxílio, desassistidas. Elas não têm culpa se houve problemas na condução interna. E penso até que pode ter famílias que precisam muito destes R$ 100 e não estão recebendo por falhas da gestão passada do programa.

4 – Há uma imagem de que a senhora exerce bastante influência sobre a vida política de seu marido, inclusive teria sido responsável pelo recuo dele em disputar a reeleição à Prefeitura de Cuiabá. Até que ponto isso é verdade?

Virgínia Medes – Vira e mexe me fazem esta pergunta. Somos uma família. Um casal que realmente conversa sobre tudo, discute e divide as coisas. Naquele momento, tivemos que tomar aquela decisão, muito difícil, com toda certeza. Imagina que gestor público, com o nível da aprovação que Mauro tinha, iria desistir da reeleição?! Porém, foi necessária aquela pausa. Precisávamos nos dedicar à nossa família e aos nossos negócios. Me espanta as pessoas acharem ainda que um marido conversar e dividir com a esposa as decisões importantes e impactantes da vida de uma família seja algo ‘estranho’ ou até mesmo uma demonstração de menos força. Nós não estamos competindo. Eu e o Mauro andamos lado a lado. Somos companheiros de verdade. Ele me respeita e me valoriza e eu o honro, o respeito e o admiro muito por ser este homem, pai e marido especial.

5 – É mais difícil ser esposa do empresário, do prefeito ou do governador? 

Virgínia Medes – Sou casada com o Mauro Mendes. Empresário, prefeito ou governador não são ele. São, digamos assim, títulos. E ele é muito mais do que isso. A pessoa do Mauro é a mesma em todas as situações. Os valores que ele prega e que ele segue são os mesmos em qualquer situação. O que existe são as exigências que cada função desta tem de forma específica. Quando você olha só o lado empresário, você foca mais nas suas questões privadas, pessoais. Você não precisa se preocupar tanto se a rua está esburacada, se o caminhão do lixo está passando. Claro que como cidadão, pagador de impostos, você se incomoda, tenta cobrar, mas quando se é o prefeito da cidade você tem a obrigação de prestar o serviço. No caso de ser governador, você pega este pequeno universo e amplia para 141 municípios. A carga passa a ser muito maior, assim como algumas atribuições que são exclusivas do Governo. E, independentemente e acima de qualquer um desses cargos, ele cuida da nossa família da mesma forma, com o mesmo amor, carinho e dedicação.

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