Imagine a seguinte situação: o médico veterinário está atendendo um casal de clientes de longa data que levou o animal de estimação ao consultório para fazer um atestado de viagem. O filho do casal, uma criança autista de sete anos, acompanha a consulta e a interrompe para conversar com a mãe em particular. O motivo era um pedido especial ao médico veterinário: “o senhor pode examinar também o Dino?”.
O fato aconteceu com um médico veterinário de Mato Grosso nessa terça-feira (12). O profissional conta que atendeu prontamente ao pedido da criança e solicitou o protocolo completo de consulta para o dinossauro de pelúcia. “Pedi para a mãe retornar até a recepção junto com a criança, passar pela secretária, fazer o prontuário para depois eu os chamar para a consulta”, conta.
A criança observou atentamente cada detalhe do exame clínico realizado pelo profissional. “Ao final, disse a ele que o Dino estava em perfeito estado de saúde. Foi um atendimento rápido, mas emocionante. Pude ver a felicidade nos olhos dele. Ele saiu daqui muito feliz com o Dino”, relata o veterinário.
Segundo o Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso (CRMV-MT), casos assim acontecem frequentemente em consultórios veterinários e, por isso, os pais não precisam ficar constrangidos em fazer os pedidos aos médicos. Conforme o Conselho, todos os profissionais entendem a importância das “consultas” nos bichinhos de pelúcia.
Outros casos
Também nesta semana, o caso do médico veterinário Dr. Maier, que examinou a gatinha de pelúcia de uma menina autista em Washington, nos Estado Unidos, ganhou grande repercussão. No laudo, ele receitou “amor extra e carinho” até que a gata estivesse melhor.
Em 2018, um médico cirurgião canadense operou o bichinho de pelúcia a pedido de paciente, uma criança de 8 anos com hidrocefalia.