Neste janeiro de 2019 a história parece, infelizmente, estar se repetindo em um novo capítulo, desta vez em Brumadinho, a apenas 162 quilômetros da vizinha Mariana, em Minas Gerais, onde, há três anos, 19 pessoas perderam a vida e milhares de outras perderam tudo o que tinham.
Se já não for, Minas Gerais poderá ser conhecida em breve como uma das regiões com o maior número de casos de rompimentos de barragens do mundo.
No dia 8 de fevereiro de 2017, eu publiquei aqui mesmo uma nota sobre os um histórico catastrófico de desastres com barragens, sendo que um terço aconteceu no estado mineiro. Os números ainda apontam que em um total de 19 acidentes com rompimentos de barragens, agora sete (mais de 30%) foram no estado de Minas Gerais.
Assim como em outros ciclos de acontecimentos, fiquei muito triste pelo ocorrido. Estou certo de que para cada coisa assim deverão existir explicações que desviem a atenção do público. Ademais, a contagem de vítimas em Brumadinho poderá resultar em um número assustador.
No artigo publicado em 2017, eu me perguntava por que acidentes assim continuam acontecendo com tanta frequência em Minas Gerais?
Mas o fato é que os rompimentos de barragens em Minas podem estar diretamente ligados a abalos sísmicos – já que a região é propícia a ter abalos – e é repleta de barragens. A discussão, portanto, deve ir muito além.
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