Depois da decisão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) que cassou o mandato do senador José Medeiros (PODE), o governador Pedro Taques (PSDB) saiu em defesa do suplente beneficiado pela ação, Paulo Fiúza. Ele afirmou que fez toda a sua campanha para o Senado, em 2010, citando Fiúza como seu primeiro suplente.
“Foi uma decisão judicial com julgamento de pessoas que fizeram sua defesa. Quando soubemos da ação da ata, eu fiz uma petição e protocolei na Justiça Eleitoral, e o advogado era o Paulo Taques naquele momento. Eu fiz todo o programa eleitoral falando do Paulo Fiúza. Falei a verdade. Quem fala a verdade não merece castigo”, declarou o governador, logo depois de registrar sua candidatura à reeleição, na tarde desta terça-feira (14), no TRE.
A ata fraudada trata da substituição de Zeca Viana (PDT) no posto de primeiro suplente, nas eleições de 2010. Ele renunciou à vaga para concorrer ao cargo de deputado estadual, para o qual acabou se elegendo. O TRE concluiu que houve falsificação de páginas e que, na ata original, Fiúza era o primeiro suplente, e não José Medeiros, que foi diplomado na vaga e exerceu o mandato por três anos e meio.
Medeiros assumiu o mandato com a renúncia de Taques, que se elegeu governador em 2014. No dia 31 de julho, foi cassado pelo TRE, que manteve os outros dois integrantes da chapa, Pedro Taques e Paulo Fiúza. Apesar da cassação, Medeiros não ficou inelegível e se candidatou a deputado federal.
Fiúza foi diplomado como primeiro suplente e pode completar o mandato de senador conquistado por Taques em 2010. Apesar de beneficiar o suplente de Taques, a ação foi movida pelo candidato ao Senado derrotado Carlos Abicalil (PT). Medeiros recorreu da decisão.