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Secretaria arquiva denúncia de que Riva tramou atentado contra irmão de Silval

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Secretaria arquiva denúncia de que Riva tramou atentado contra irmão de Silval

Ednilson Aguiar/O Livre

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A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) arquivou a denúncia de que o ex-deputado José Geraldo Riva (sem partido) teria armado uma trama para simular um atentado contra si próprio e para matar Toninho Barbosa, irmão do ex-governador Silval Barbosa.

A investigação foi arquivada porque a Secretaria Adjunta de Inteligência entendeu que as provas encontradas eram inconsistentes.

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De acordo com depoimento de Toninho, o ex-deputado teria como objetivo culpá-lo pelo atentado, implicando também os deputados estaduais Mauro Savi (PSB), Guilherme Maluf (PSDB) e Gilmar Fabris (DEM).

O irmão de Silval relata que se reuniu com Mauro Savi e que o deputado encaminhou a denúncia para o governador Pedro Taques (PSDB), que a repassou ao secretário de Segurança, Rogers Jarbas.

Em 4 de abril deste ano, o secretário encaminhou um despacho à Secretaria Adjunta de Inteligência pedindo a abertura de procedimento investigativo. No documento, Rogers afirma que o governador e o deputado Mauro Savi estavam reunidos quando foi chamado para ser informado sobre o plano.

Segundo as informações passadas por Savi na ocasião, um desconhecido entrou em contato por WhatsApp afirmando que o ex-deputado o havia contratado para simular um atentado.

Nas mensagens, o remetente dizia que já havia recebido metade do valor pelo “serviço” e que a outra metade seria paga depois da conclusão do trabalho. A pessoa anônima dizia ainda que as ordens eram para, se fosse necessário, matar o motorista e jogar a culpa em Toninho e nos quatro políticos.

Em seu despacho, Rogers afirma que após o relato do deputado, o governador pediu que ele tomasse providências legais sobre o caso, “pois se tratava de algo grave”.

Em junho, depois de apurar o caso, o setor de inteligência da Sesp entendeu que não havia indícios para a continuar com as investigações e arquivou a denúncia.

Nota de esclarecimento da Sesp

Em relação à informação de que o ex-deputado estadual José Riva patrocinaria um atentado contra si e atribuiria culpa a terceiros, a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) esclarece que:

– Não foi instaurado inquérito policial ou procedimento investigativo pela Sesp, haja vista não possuir atribuição legal para proceder investigação criminal. O que foi realizado, pelo setor de inteligência e por determinação do Secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, foi a produção de conhecimento acerca dos dados apresentados pelo deputado estadual Mauro Savi, o que gerou um relatório técnico de inteligência, de caráter sigiloso, elaborado por equipe da Secretaria Adjunta de Inteligência.

– O objetivo do Relatório Técnico de Inteligência é subsidiar o Secretário de Estado de Segurança Pública na tomada de decisão no que tange aos eventuais encaminhamentos daquilo que foi apresentado e produzido a partir das diligências preliminares, bem como adotar medidas proativas capazes de garantir a vida e integridade física de eventuais envolvidos, isso por intermédio da intervenção, por acionamento, das forças de segurança.

– É rotina da Secretaria Adjunta de Inteligência elaborar Relatório de Inteligência e Relatórios Técnicos a respeito de ameaças contra autoridades, lideranças de movimentos sociais, advogados, dentre outros, sempre como medida preliminar de eventuais intervenções preventivas das forças policiais, determinando, em casos específicos e uma vez presentes elementos mínimos de justa causa, a instauração de procedimentos investigativos pela Polícia Judiciária Civil.

– No caso da denúncia acima citada não foram encontrados elementos capazes de sustentar a veracidade dos dados apresentados, o que gerou a não produção de ações técnico-operacionais pelas Forças de Segurança. Todavia, nada impede que os interessados e eventuais envolvidos apresentem oficialmente outros dados ou elementos de prova, os quais serão devidamente analisados pelas autoridades de polícia judiciária competentes.

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