Costumo dizer que sempre vivi com um pé nas nuvens e outro na terra. Minha tendência natural sempre foi estar mais longe da superfície.
Mas a vida concreta sempre me puxou para viver com os pés fincados no chão.
Daí meu fascínio por histórias de amor.
Um belo romance supera uma frustração na escola, uma dor de dente, uma discussão dentro de casa, a malcriação do filho ou um amor real que não se concretizou.
Sonho com histórias de amor desde que me conheço por gente.
No começo, eram apenas nos livros ou revistas que tinha em mãos. Depois, vieram os filmes e até as novelas.
Romances sempre foram infinitamente melhor na ficção que na realidade.
Na vida inventada não existe mau hálito, rotina, boleto para pagar. Não existe suor depois de um dia longo de trabalho. Não existe a passagem do tempo, que traz marcas no corpo e no coração, e nos deixa amargos.
Romances são um sopro de esperança. São a prova concreta de que a vida pode ser trágica e cruel, mas, ainda assim, desejamos só as coisas boas.
Ainda que as notícias sejam sombrias e recheada de tristes desfechos, existe um lado nosso que não sossega nem se deixa abater. Aquele lado que, apesar dos tantos nãos, ainda acredita no sim. Acredita que a vida pode — e deve — ter um final feliz. Mesmo que seja nas páginas de um livro.

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