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Produtor utiliza fungo para controlar praga da bananeira

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Produtor utiliza fungo para controlar praga da bananeira
Foto: Rafael Simões | Empaer

Para controlar a broca da bananeira ou moleque da bananeira, considerada a principal praga que ataca os bananais, o produtor rural Magdo Cristian Soares, do Assentamento Rio Santana, localizado no município de Nortelândia (253 km a Médio-Norte de Cuiabá), utilizou a técnica de controle biológico com o fungo Beauveria bassiana. Com o plantio de meio hectare com as variedades de banana maçã e da terra, a infestação já estava causando a diminuição do tamanho dos cachos, amarelecimento das folhas e tombamento das plantas.

O fungo Beauveria bassiana é um inseticida microbiológico indicado para controle de insetos e pragas em diversas culturas. O técnico agropecuário da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), Rafael Simões, explica que o fungo proporciona efeito de supressão da população de diversos grupos de insetos, contribui para o manejo de resistência e para a redução no uso dos defensivos químicos. O produto é ideal para o manejo integrado de pragas, promovendo uma agricultura mais sustentável, preservando os inimigos naturais e o equilíbrio do ecossistema.

Para controlar a infestação da praga no bananal foram utilizadas dois tipos de armadilhas, as iscas tipo “queijo” e “telha”. O técnico explica que antes de realizar o controle no bananal foi feito uma amostragem da praga para conhecer a população e saber o risco de a mesma aumentar. As amostragens periódicas são necessárias para saber se há a necessidade de controlar a praga e quando ela atinge níveis ideais para controle.

De acordo com Rafael, as iscas tipo “telha” foram feitas com pedaços do pseudocaule da bananeira com aproximadamente 50 centímetros, já as iscas tipo “queijo” com pedaços do pseudocaule com altura entre cinco e dez centímetros, cortada transversalmente. Na propriedade foram utilizadas dez iscas, na área de meio hectare. “As iscas foram colocadas dentro e fora do bananal, e também próximas às touceiras”, enfatiza.

Foto: Rafael Simões | Empaer

Para apresentar a técnica ao produtor, foi realizada uma Demonstração de Métodos (DM), sendo que ele não queria utilizar produtos químicos e o uso de fungos para o controle biológico das pragas foi um alternativa para reduzir os impactos ambientais. “Foi realizada a primeira aplicação e o produtor recebeu uma demonstração de como utilizar o fungo. Poderá ser feita outra aplicação conforme a infestação, nos próximos três a seis meses”, explica.

Na área de meio hectare foi realizada a primeira colheita que produziu 2,5 toneladas de banana, uma média de cinco quilos por cacho, abaixo do esperado devido à incidência da broca da bananeira. Mesmo assim, o produtor teve um lucro de R$ 6.250,00 e conseguiu vender toda produção por R$ 2,50 o quilo da banana.  A previsão era colher aproximadamente quatro toneladas de banana.

O Assentamento Rio Santana é formado por 50 famílias que possuem em média 1,5 hectares de terra e produzem para subsistência. O produtor Magdo possui também um plantio de mandioca e já colheu 6,5 toneladas, com previsão de oito toneladas ao final da colheita. Vendendo no comércio da cidade o quilo ao preço de aproximadamente R$ 0,75 pode faturar com a cultura da mandioca R$ 6.000,00 por colheita.

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