O presidente do Programa de Ação Social da Unimed Cuiabá (PróUnim), Renato André Argenti Palma, é acusado de receber R$ 130 mil por meio de repasses supostamente irregulares efetuados pela empresa M. A. da Cruz Vida e Saúde.
A denúncia veio à tona em meio à judicialização do processo de escolha da nova diretoria da Unimed Cuiabá, marcada para a próxima sexta-feira (1º). Só uma chapa foi deferida e nela está a esposa de André Palma, Suzana Aparecida Rodrigues dos Santos Palma, que já ocupa o cargo de diretora de Mercado da Unimed.
Segundo a denúncia que chegou ao LIVRE, a M. A. da Cruz Vida e Saúde seria contratada do PróUnim. O suposto contrato renderia à empresa repasses mensais de aproximadamente R$ 16 mil, dos quais cerca de metade seria “devolvida” a André Palma.
Um documento apócrifo a que o LIVRE teve acesso lista os supostos pagamentos à empresa e repasses dela a André Palma, entre fevereiro de 2018 e janeiro deste ano.
A PróUnim é uma entidade sem fins lucrativos ligada à Unimed Cuiabá, que tem como objetivo desenvolver projetos e políticas de assistência social. Os colaboradores da Unimed que atuam no programa não recebem pagamentos, são voluntários.
Outro lado
Em nota, André Palma afirmou que o PróUnim “tomará as providências cabíveis quanto às falsas denúncias“. Também repudiou e disse ver com indignação o fato de que “um grupo de cooperados, aspirante à disputa das eleições para a diretoria da Unimed Cuiabá”, tente usar o programa “com fins eleitoreiros”.
Destacou ainda que o ProUnim é uma entidade autônoma, “com diretoria e administração próprios” e reiterou a regra de que os diretores do programa exercem trabalho voluntário.
A reportagem do LIVRE tentou contato com a médica que seria proprietária da M. A. da Cruz Vida e Saúde, mas não obteve retorno até o momento.
A eleição
São candidatos à presidência da Unimed Cuiabá o atual presidente, Rubens Carlos de Oliveira Júnior, e Salvino Ribeiro, inscrito na chapa que acabou indeferida. Ele tenta na Justiça obter o registro para se manter na eleição.