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Polícia autua seguranças de fazenda por homicídio após suposto confronto em Colniza

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Polícia autua seguranças de fazenda por homicídio após suposto confronto em Colniza
Foto: Divulgação

A Polícia Judiciária Civil de Colniza (1.070 km de Cuiabá) autuou em flagrante quatro seguranças de uma propriedade rural do ex-governador Silval Barbosa e do ex-deputado estadual, José Riva, depois que, na manhã de sábado (5), uma pessoa morreu e nove ficaram feridas após um suposto confronto agrário. A possibilidade da agressão já havia sido alertada pela imprensa e Ministério Público Estadual, há pelo menos quatro meses.

Detidos pela Polícia Militar, os funcionários foram interrogados durante a madrugada de domingo (06) e afirmaram que reagiram a invasão da propriedade realizada por posseiros supostamente armados.

Em depoimento, alguns dos feridos declaram que nenhum dos posseiros portava arma de fogo. Além disso, de acordo com o delegado à frente da investigação, Alexandre da Silva Nazareth “os elementos de informação produzidos pela perícia, até o momento, nos levam a acreditar que não houve confronto armado, pois só foram encontradas cápsulas de armas de mesmo calibre dos seguranças da propriedade”.

Foram apreendidas quatro armas de fogo, sendo uma espingarda calibre 12, duas pistolas 380, e um revólver, calibre 38. Os suspeitos foram autuados em flagrante por um homicídio consumado e nove tentativas de homicídio.

A vítima fatal do confronto foi identificada como Elizeu Queres de Jesus, 38, e veio a óbito ainda no local, após ser atingida por diversos disparos de arma de fogo.

O auto de prisão dos suspeitos foi comunicado ao Judiciário na manhã deste domingo (06). Os presos foram conduzidos à Cadeia Pública de Colniza.

Caso anunciado

O confronto agrário entre posseiros e seguranças da Fazenda Bauru (antiga Magali) ocorreu no início da manhã de sábado (5). No fim de agosto, o MPE já havia alertado o Governo do Estado para a possibilidade de confronto na área e, dois meses depois, a propriedade foi invadida por um grupo de 200 pessoas.

O clima de tensão tomou conta do local depois que, após a invasão, 30 seguranças de uma empresa privada foram enviados para o local. Em outubro, o MPE fez um novo alerta às autoridades para providências.

De acordo com o MPE, o local tem sido alvo de invações desde o ano 2000 e, depois de uma reintegração de posse em 2017, as ameaças na área se intensificaram. Na notificação enviada ao Estado, o Ministério Público afirmou que não havia dúvidas de que “a ausência de intervenção imediata do Estado” poderia “ocasionar a morte de dezenas de pessoas”.

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