Crônicas Policiais

PMs se envolvem em confusão, matam dono de bar e são baleados por colega de farda

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PMs se envolvem em confusão, matam dono de bar e são baleados por colega de farda
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

Uma confusão envolvendo vários policiais militares na madrugada desta sexta-feira (30) deixou uma pessoa morta e dois policiais baleados. O caso aconteceu no Zero KM, no Bairro Jardim Potiguar, conhecido local de prostituição em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá).

Conforme o boletim de ocorrência, por volta das 3 horas desta madrugada as câmeras do Ciosp localizadas no Zero KM flagraram uma confusão, que envolvia disparos de tiros, e que dois homens estavam correndo com armas em mãos, nas proximidades do Bar Mandala.

Uma equipe foi enviada até o local e foi informada por testemunhas de que dois homens tinham acabado de atirar e atingir o dono do estabelecimento, Claudinei Pereira Mota, de 42 anos, que é bastante popular na região, conhecido como “Claudinei do Zero”. Logo depois do crime, os dois fugiram correndo.

Uma prostituta que trabalha no bar relatou aos militares, segundo o boletim de ocorrência, que estava conversando com os dois homens (que ela não sabia serem policiais), combinando um programa, quando percebeu que um deles a estava filmando. Ela pegou o celular dele e o outro homem se exaltou, a empurrou e deu um soco nela.

Nesse momento, o dono do bar, Claudinei, para defender a jovem de 20 anos, entrou no meio da discussão e com um empurrão derrubou o homem que tinha agredido a prostituta.

Assim que se levantou, o homem pegou uma arma em sua mochila e atirou em Claudinei à queima-roupa, acertando o peito da vítima. Logo depois, os dois fugiram e as testemunhas disseram que ouviram mais alguns tiros.

Assim que ouviram as testemunhas, os policiais iniciaram rondas no bairro e encontraram os dois suspeitos correndo, ainda com armas em mãos. Eles ordenaram que os dois parassem, mas não foram obedecidos. Como os dois, até então somente suspeitos, estavam armados, um sargento da PM atirou e acertou os dois: um na perna esquerda e o outro na perna direita.

Assim que foram atingidos, os dois homens, ambos de 37 anos, se identificaram como policiais militares. Ao se aproximar, o policial que atirou nos colegas de farda percebeu que um dos atingidos era um amigo próximo.

Com um dos policiais que estavam fugindo foi encontrado um revólver calibre 38, com três munições intactas e três deflagradas. Com o outro, um revólver calibre 38 com seis munições intactas e uma deflagrada.

Logo em seguida, duas equipes da PM chegaram ao local para dar apoio e solicitaram a presença do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para prestar socorro aos policiais, mas, como estava demorando, os dois foram levados ao Pronto-Socorro de Várzea Grande nas viaturas.

A Polícia Judiciária Civil e a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foram acionadas, mas não estiveram presentes porque tanto a primeira vítima, quanto os policiais, já haviam sido levados para o hospital.

O dono do bar não resistiu ao ferimento – ele foi atingido por um tiro no peito – e acabou morrendo no Pronto-Socorro. Quatro testemunhas se propuseram a ir para a delegacia para depor e foram encaminhadas pelas equipes militares para a Central de Flagrantes de Várzea Grande.

Um rapaz de 25 anos se apresentou à equipe que atendeu a ocorrência como policial militar, disse que presenciou todo o fato e se ofereceu também como testemunha. O jovem e mais quatro mulheres, incluindo a pivô do caso, estão na delegacia na manhã desta sexta-feira (30) prestando depoimento.

Os policiais que iniciaram a confusão e foram atingidos por tiros nas pernas seguem internados no Pronto-Socorro de Várzea Grande.

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