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PGE vai investigar denúncias da Lava Jato contra procuradores de Mato Grosso

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PGE vai investigar denúncias da Lava Jato contra procuradores de Mato Grosso

Mayke Toscano/Gcom-MT

PGE

 

Um procedimento interno está sendo instaurado pela Corregedoria da Procuradoria Geral do Estado (PGE) para apurar a citação dos procuradores do Estado João Virgílio Sobrinho e Francisco de Andrade Lima Filho, o Chico Lima, na delação premiada de executivos da Odebrecht.

Nas investigações da operação Lava Jato, os ex-executivos da construtora João Pacífico Ribeiro e Pedro Augusto Carneiro Leão Neto revelaram o pagamento de propina para os dois procuradores e para o ex-secretário de Fazenda Edmilson José dos Santos. Conforme o depoimento, cada um teria recebido R$ 330 mil para agilizar os trabalhos de uma comissão especial.

Os três eram membros da comissão especial criada pelo ex-presidente da Luiz Inácio Lula da Silva em 2004 para analisar os valores devidos pela União aos Estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul referentes ao pagamento da aposentadoria dos servidores públicos da época da divisão de Mato Grosso.

“Vamos solicitar os autos que indicariam a participação deles. Nós dependemos deste compartilhamento de informações”, disse a corregedora-geral da PGE, Glaucia Amaral. Conforme ela, toda denúncia que chega ao órgão passa por apuração e “com esta não seria diferente”.

Depois do levantamento dos documentos solicitados junto às autoridades que estão à frente das investigações da Operação Lava Jato, a corregedoria leva o pedido para o Colégio de Procuradores, a quem cabe autorizar ou não o procedimento administrativo.

Também com base nos depoimentos dos ex-executivos, novas frentes de investigações deverão ser abertas. Chico Lima está preso no Centro de Custódia de Cuiabá. Ele foi denunciado nas cinco fases da operação Sodoma, desencadeada pelo Ministério Público Estadual (MPE). Lima é acusado de participar de uma organização criminosa liderada pelo ex-governador Silval Barbosa (PMDB).  A defesa do procurador não atendeu à ligação.

João Virgílio foi procurado pela reportagem, mas não foi localizado. Segundo informações, ele estaria cedido para outro órgão do governo de Mato Grosso. Apesar de citar o nome de João Virgílio, os executivos informaram que nunca fizeram qualquer pagamento ao procurador. Segundo eles, o dinheiro era repassado por meio de Chico Lima. O ex-secretário também foi procurado e não atendeu às ligações telefônicas.

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