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Pela primeira vez na história, Hospital Júlio Muller recebe duas grávidas de trigêmeos ao mesmo tempo

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Pela primeira vez na história, Hospital Júlio Muller recebe duas grávidas de trigêmeos ao mesmo tempo
Foto: Assessoria

Se uma gravidez já é motivo de comemoração, imagine quando, ao invés de um, são três bebês de uma vez só? A equipe médica do Hospital Universitário Júlio Muller, em Cuiabá, está vivendo esse “milagre da vida” com duas pacientes ao mesmo tempo pela primeira vez na história, desde a sua fundação no início dos anos 80. Duas jovens, uma de 19 e outra de 24 anos, estão sendo assistidas pelo hospital. Coincidentemente, ambas engravidaram naturalmente de trigêmeos, estão com 31 semanas e são moradoras de Várzea Grande.

Na unidade de saúde, as mamães fazem o pré-natal de alto risco, sob os cuidados da médica Maria Aparecida Mazzutti. Lyandra Gianine Barbosa e Andreza Santos Araújo, foram pegas de surpresa tanto com a gravidez, quanto pelo fato de serem trigêmeos. Em breve serão três meninos e três meninas no HUJM.

[featured_paragraph] Para Lyandra, a ficha ainda nem caiu. Essa é sua primeira gestação e ela começou o pré-natal com a equipe de ginecologia do Júlio Muller há apenas duas semanas. “Primeiro eu só soube que estava grávida, aí quando eu fiz a primeira ultrassonografia, de 12 semanas, que eu fui saber que eram três. Ainda não caiu muito a ficha não, foi um susto”, contou Lyandra. [/featured_paragraph]

Desde a segunda-feira (08), ela está internada no hospital em repouso absoluto, visto que seus três bebês (Lavínia, Heitor e Heloísa) estavam querendo nascer antes da hora.

A família de Lyandra já tinha histórico de gêmeos, mas trigêmeos é a primeira vez. “Até ver a ultrassonografia ninguém acreditava”, disse. Depois que os bebês nascerem, jovem contará com a ajuda da mãe e das tias na missão de cuidar dos trigêmeos.

Se para Lyandra o susto foi grande, imagine para Andreza, que afirmou tomar anticoncepcional rigorosamente e o remédio teria falhado? Mãe de um menino de três anos, ela não esperava ter outro filho por agora e o susto ainda veio em dose tripla.

“Foi um susto, porque eu estava tomando anticoncepcional. E eu já tenho um, então não acreditei não. Eu estava trabalhando há cinco meses em uma empresa, para falar que estava grávida deu até medo”, contou Andreza.

Pouco depois que soube da gravidez, com nove semanas, Andreza teve descolamento de placenta e precisou ser afastada do trabalho. Desde março ela segue de licença devido à gravidade da gestação. Para contar para o marido foi outra missão.

[featured_paragraph]“Eu nem consegui contar, porque fiquei em pânico, foi minha vizinha que contou. Ai ele entrou em crise de riso, ligou para mim e falou: ‘para, não tem nem gêmeos nas nossas famílias’, ai eu falei: ‘pois é, também não sei o que aconteceu não’”, lembrou Andreza.[/featured_paragraph]

Passado o susto, a família está feliz pela saúde dos bebês. A cada ultrassonografia é uma torcida para que os três estejam bem. A mãe de Andreza já está à postos para ajudar a cuidar dos netos assim que puderem ir para casa. A jovem também está em repouso absoluto, porque já estava com um centímetro de dilatação.

O primeiro filho do casal foi muito desejado, visto que ela tinha perdido um bebê antes. Agora ela acredita que os trigêmeos são um presente de Deus.

SOBRE OS PARTOS

A equipe do Hospital Universitário Júlio Muller está lutando para que os bebês fiquem o máximo de semanas possível nas barrigas das mães, porque o hospital não tem seis respiradores caso todos os bebês nasçam antes do tempo.

“O máximo que nós conseguirmos postergar o parto para que essas crianças nasçam em melhores condições, com menos complicações, faremos. Diminui muito as complicações após a 32ª semana, então elas vão ficar sob os nossos cuidados, para que a gente postergue esse parto o máximo que conseguirmos”, disse a médica Maria Aparecida Mazzutti, responsável pelo pré natal das duas gestantes.

As mães estão fazendo o acompanhamento semanal, com ultrassonografias, avaliação de vitalidade e materna.

Segundo Mazzutti, serão feitas cesáreas para a retirada dos bebês, visto que seria muito arriscado para o terceiro bebê uma tentativa de parto normal, que, na maioria dos casos de trigêmeos, está na transversal. “A cesariana veio para isso, não é para ser usado como é no Brasil, ela tem indicações precisas, para casos como esse”, afirmou a médica.

As duas famílias estão recebendo doações de fraldas, roupinhas e utensílios maternos. Para ajudar as mães e os seis bebês, os médicos plantonistas da ginecologia, os alunos e os residentes do Júlio Muller se reuniram e fizeram um chá de bebê, que acabou comovendo a todos do hospital.

Neste momento a principal preocupação são as fraldas, mas, depois do nascimento dos bebês, o leite também será uma grande necessidade, visto que as mães não terão produção suficiente para a atender à demanda – a equipe médica irá divulgar quais são as fórmulas necessários após o nascimento.

Foto: Assessoria

DOAÇÕES
Quem quiser fazer qualquer tipo de doação pode entrar em contato direto com o Hospital Júlio Muller, através do número (65) 99935-2421 e falar com a Marizete.

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