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Pedro Nadaf e outros seis foram delatores da Operação Sodoma

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Pedro Nadaf e outros seis foram delatores da Operação Sodoma

A Operação Sodoma soma sete colaboradores premiados até agora, dos quais seis ainda mantêm essa condição. São eles: César Roberto Zílio, Pedro Elias Domingos de Melo, Juliano César Volpato, Edézio Corrêa, Alaor Alvelos Zeferino de Paula e Pedro Jamil Nadaf. O primeiro delator da operação, João Batista Rosa, foi depois reconhecido como vítima do esquema por decisão judicial.

Entre os colaboradores, estão três ex-secretários do governo Silval Barbosa (PMDB). Um deles, Pedro Nadaf, foi titular da Casa Civil e da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme). Os outros dois, César Zílio e Pedro Elias, comandaram a Secretaria de Administração (SAD). César Zílio e Pedro Elias entregaram esquemas de cobrança de propina para manutenção de contratos no governo Silval.

A colaboração de Nadaf, apesar de ter sido alvo de especulações durante meses, só foi confirmada oficialmente com a decisão que levou à quinta fase da Sodoma, deflagrada na terça-feira (14). A decisão é da juíza Selma Rosane Arruda, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá. O teor das revelações do ex-secretário ainda não veio à tona.

Outro colaborador da investigação é o servidor público Alaor Zeferino, que já foi adjunto de Obras na Secretaria de Transporte e Pavimentação Urbana (Setpu). Segundo as investigações, ele participou do esquema apenas cumprindo ordens superiores, sem receber nenhuma propina.

Outros dois colaboradores, os empresários Juliano Volpato e Edézio Corrêa, do Marmeleiro Auto Posto Ltda. e Saga Comércio e Serviço Tecnologia e Informática Ltda, confessaram o pagamento de propina para receber dívidas acumuladas do governo. Parte do recurso teria retornado ao próprio posto para quitar dívidas da campanha de 2012 de Lúdio Cabral (PT) e Francisco Faiad (PMDB) à Prefeitura de Cuiabá.

De delator a vítima

O primeiro a entregar um esquema de propina no governo Silval foi o empresário João Batista Rosa, dono do grupo Tractor Parts. Suas revelações desencadearam a primeira fase da operação, deflagrada em 15 de setembro de 2015 pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz). Ele denunciou o caso depois de receber pedidos de propina vindos de Nadaf, mesmo com o término do governo, sob alegação de que seria protegido na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Renúncia e Sonegação Fiscal.

João Rosa confessou ter pagado R$ 2 milhões em propina e firmou um acordo de delação premiada. Depois da operação e da prisão dos suspeitos, a juíza Selma Arruda decidiu revogar a delação do empresário e o alçou à condição de vítima do esquema, sob alegação de que ele foi extorquido.

As investigações, que no início eram sobre um esquema de fraudes em incentivos fiscais, foram se ampliando e hoje abrangem desvio de recursos públicos, lavagem de dinheiro e propinas para fins variados. Por causa dessa operação, Silval Barbosa está preso preventivamente desde o dia 17 de setembro de 2015.

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