O deputado federal e pré-candidato a senador Nilson Leitão (PSDB) avaliou que a entrada de Mauro Mendes (DEM) como pré-candidato a governador deixa imprevisível o cenário da corrida pelo Palácio Paiaguás. Os outros dois pré-candidatos ao cargo são o governador Pedro Taques (PSDB), que deve concorrer à reeleição, e o senador Wellington Fagundes (PR), que sempre foi oposição.
“Se juntássemos o grupo que elegeu o governador Pedro Taques contra o grupo que era do governo passado, teríamos uma disputa eleitoral de dois campos. Quando você traz um terceiro campo, ninguém sabe o que pode acontecer”, afirmou.
Mendes já foi aliado de Taques e hoje integra a dissidência que abandonou o governo tucano. Leitão avalia que o surgimento de uma terceira candidatura, que foge à polarização entre o atual governo e o governo passado, pode ter consequências que não são apontadas pelas pesquisas nesse momento.
Apesar disso, a avaliação inicial dele é que Taques inicia a campanha colhendo bons frutos do aumento do número de adversários. “Eu acho que a existência de três candidaturas é boa para quem está no governo. Mas é sempre uma linha muito tênue. Ela pode virar também para o outro lado. É imprevisível”, disse.
Leitão relembrou as eleições de 2010, quando Silval Barbosa (ex-MDB), no cargo de governador havia seis meses, foi reeleito em primeiro turno – contrariando todos os prognósticos iniciais, que colocavam à frente dele Mauro Mendes e Wilson Santos (PSDB).
“Quando houve três candidaturas em 2010, a maioria das pessoas errou. Silval era o único que não tinha chance de ganhar a eleição, pois estava com 9%. Todos apostavam na arrancada de Wilson Santos ou no Mauro Mendes. Quem ganhou a eleição foi Silval no primeiro turno”, observou.