O ex-ministro da Fazenda e pré-candidato à presidência Henrique Meirelles (MDB) demonstrou otimismo na sua capacidade de unificar o partido em torno de sua candidatura, que vem sendo bastante questionada nas hostes emedebistas. Em passagem por Cuiabá, ele até mesmo lançou mão da típica humildade dos pré-candidatos e elencou possíveis apoios que gostaria de ter num eventual segundo turno, no qual ele já se inclui.
[featured_paragraph]Ele assegurou, em conversa com o LIVRE, que o MDB já bateu o martelo em prol de sua candidatura, que deve ser anunciada na convenção marcada para 2 de agosto, e afirmou que seu grande desafio agora é vencer o segundo turno. “A minha candidatura já está viabilizada, minha preocupação agora são as composições para o segundo turno”, declarou.[/featured_paragraph]
Além disso, com a certeza da vitória no primeiro, o ex-ministro de Michel Temer ainda disse que terá “grande satisfação” em ter o apoio do PSDB, do seu possível adversário nas urnas Geraldo Alckmin (PSDB). O tucano, há alguns meses, tentou uma composição com o MDB, a qual teria Meirelles como vice. “Acho perfeitamente possível ele me apoiar no segundo turno. Não acredito que ele vá apoiar um dos extremos”.
Cenário interno
Meirelles afirmou que lideranças do seu partido fizeram uma contagem de votos dos delegados estaduais que votarão na convenção do MDB e concluíram que já existe margem suficiente para garantir o seu nome na disputa. “Mesmo sem contar alguns Estados, que ainda não visitei, tenho uma grande maioria de convencionais já comprometidos com a candidatura”.
Durante sua visita a Cuiabá, no entanto, nenhum dos principais nomes do partido estiveram ao seu lado. O presidente estadual do MDB, deputado federal Carlos Bezerra, sequer estava na cidade, assim como o prefeito da capital, Emanuel Pinheiro, que estava em Brasília. Outra personagem de destaque na sigla, a deputada Janaína Riva, tampouco esteve com ele.
Meirelles se deslocou a Cuiabá para evento com lideranças da igreja Assembleia de Deus. Depois do encontro, ele criticou a sequência de decisões tomadas por magistrados no último domingo que ora davam alvará de soltura para o ex-presidente Lula – preso em Curitiba – ora mandavam ele de volta para a prisão, de onde sequer chegou a sair.
Desde que o partido anunciou sua pré-candidatura, Meirelles já visitou 14 Estados em busca de apoio e, mesmo surgindo com apenas 1% das intenções de voto em pesquisas eleitorais, pode ser confirmando candidato após 20 anos sem candidatura própria do MDB à Presidência da República.
