Quarta-feira foi um dia triste para o Brasil, quando vivemos algo que parecia o enredo de um filme de terror. Somos acostumados com tragédias nas ruas, mas não em escolas. Daí a tragédia de Suzano ter nos chocado tanto.
Muito já se falou sobre o assunto, mas muito ainda há que se falar.
O que faz um desastre como o da cidade paulista virar comum nos dias de hoje? O que faz com que o ambiente das escolas não seja tão seguro quanto era no passado? O que nos faz viver um pesadelo e, dois dias depois, ver no noticiário um massacre muito pior na pacífica Nova Zelândia?
Perguntas não nos faltam para as respostas que não temos. Ninguém sabe o que passa pela cabeça de um jovem que decide assassinar, de maneira fria, truculenta e covarde, o seu semelhante ou dezenas deles, como aconteceu no país do Pacífico.
Cientistas, médicos e psicólogos estão há anos tentando decifrar o código que rege a mente de um serial killer. Há hipóteses, há suspeitas, mas não há nada concreto. Quem diz que tais tragédias não são a marca do nosso tempo é porque está mal informado. Não sabe, por exemplo, que os assassinatos em série acontecem com frequência inquietante nos Estados Unidos.
Li vários textos nos últimos dias que me fizeram pensar. Aqui, continuo minhas indagações.
Será tudo culpa de nosso culto à violência e fácil acesso às armas? Será culpa de nossa sociedade de consumo que exalta os que estão por cima e torna invisíveis os que estão por baixo? Será tudo culpa do nosso isolamento social, intensificado pelos eletrônicos, que nos distancia de pessoas e sentimentos de verdade? Será o vazio existencial humano que podem atingir níveis estratosféricos em alguns seres humanos? Será uma falha genética?
Não há respostas, mas é certo que devemos parar para pensar. Refletir. Concordo que não devemos focar nos assassinos mas, que outra alternativa nos resta, que não seja tentar entender seu raciocínio? Ainda que o resultado seja incompreensível, não há outra saída.
Enquanto buscamos entender algo tão complexo, penso nas crianças que tiveram suas vidas interrompidas, nas mães que deram o beijo em seus filhos a caminho da escola sem saber que seria o último de suas vidas.
Se não estamos seguros nem em casa nem nas escolas e igrejas, onde vamos nos proteger?
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