O milho é conhecido como cereal e cultivado em uma grande porção dos países do mundo. É extensivamente utilizado como alimento humano ou para ração animal, devido às suas qualidades nutricionais. O maior produtor mundial de milho são os Estados Unidos.
O grão, possui diversos benefícios, dentre os quais, podemos citar: previne doenças nos olhos, fortalece o sistema imunológico, ajuda a emagrecer, reduz os níveis de colesterol, melhora o trânsito intestinal, enfim.
No que concerne à pipoca, o milho é apenas um caroço que não serve para muita utilidade, mas quando submetido ao fogo, transforma-se em uma pipoca macia, comestível e apreciado pelas pessoas.
Que lições podemos aprender com o milho, no que se refere ao processo de conversão em pipoca?
Estamos no mesmo ambiente. Estamos dentro da mesma “panela”, assim como o milho, querendo ou não vivemos no mesmo mundo. Logo, não deveria haver ninguém melhor do que ninguém, contudo, cada ser humano possui o livre arbítrio para fazer as suas escolhas. Sendo assim, teremos resultados diferentes.
Não há nenhum valor. O milho nessa fase, não possui qualidade nenhuma, visto que é duro e sem utilidade, já que ninguém vai comê-lo. Muitas vezes como cidadãos, também estamos passando por esse estágio: duro e sem valor. Diversas vezes desrespeitado e ignorado por si mesmo e pela sociedade.
É necessário passar pelo processo de transformação.Ficar estagnado, ver o tempo transpassar, reclamar de tudo e de todos, etc., não solucionará os problemas da sua vida. A transformação ocorre, no caso do milho, quando é submetido ao fogo. O fogo representa os nossos desafios e provações que a vida nos impõe, ou que provocamos. Passar pelo fogo pode ser algo doloroso, cansativo, que vai depender de muitos esforços e dedicação, mas alerto da necessidade de submeter a isso, pois o melhor está por vir, mesmo que a princípio não vislumbramos um futuro melhor.
Seja macio e gostoso. Após o milho ser submetido ao fogo, ele se torna uma pipoca. A pipoca é gostosa, macia e comestível. Mudar pode até ser difícil, e quem sabe até poderemos pensar em improváveis mudanças, todavia, o não mudar pode ser fatal. É muito melhor ser uma “pipoca” para as pessoas que estão ao nosso redor, do que ser aquele “grão” duro e sem perspectiva de vida. Assim nos ensina o teólogo, pedagogo, poeta e filósofo Rubem Alves: “Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre. Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira”.
Não seja um piruá. Piruá é o milho que não estourou na panela, e por consequência, não se transformou em uma pipoca. Ela representa as pessoas que por mais que exista a possibilidade do “fogo” com intuito de fazer o processo de transformação, se recusam a mudar. Muitos imaginam que não pode existir coisa melhor do que o seu jeito de ser. A sua prepotência, presunção e egoísmo são a dura casca que não estoura. O destino delas é lamentável, pois ficarão duras a vida inteira, e o seu destino final é o lixo.
Assim, que possamos optar pelo processo de submissão ao fogo, com a finalidade de transformar e melhorar o mundo. Porquanto, assim como o milho, se transforma em uma flor branca e macia, ao passar por esse processo, nós também temos essa oportunidade. Podemos mudar. Podemos ser melhores do que ontem. Podemos fazer o mundo das pessoas melhor. Espero que o seu destino não seja como a piruá, que vai para o lixo e nunca mais se desabrochará em uma flor de pipoca.
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Francisney Liberato Batista Siqueira é secretário de Controle Externo, auditor Público Externo do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso, palestrante nacional, professor, coach, mentor, advogado e contador.
