Entro na reunião de escola do meu filho e penso: “Como tudo passou tão rápido?”. Com o Nick no terceiro colegial, não consigo fazer outra pergunta.

Antes de entrar no encontro da sala dele, um filme passa em minha mente. Lembro da sua primeira escola, nos Estados Unidos. Minha angústia enquanto ele ainda usava fraldas e chorava na porta quando nos separávamos.

Mais tarde, também nos Estados Unidos, penso quando iniciou o pré, já na escola pública, e minha insegurança ao deixá-lo naquele lugar que parecia tão grande e tão diferente dos lugares onde estudei. Lá, foi o começo de sua independência, quando nem olhava para trás ao ir de encontro com os amigos.

Quando veio para o Brasil, estudar exigiu flexibilidade e persistência. Lembro de sua luta para aprender o português e a escrever com letra cursiva. Mas o esforço valeu a pena e ele se adaptou rapidamente ao novo ambiente.

Hoje, tudo mudou. Se no início da vida escolar ele era um americano, hoje já posso dizer que criei um brasileiro. Não só pela língua que fala, mas pelos gostos. Futebol, amigos, emoção à flor da pele e muita música para animar a festa.

Este ano, um ciclo de sua vida se fecha. Quando olho para trás, tenho certeza de que nossa luta não foi em vão. Do passado, só sobraram as fotos escolares e os momentos que trago na memória.

Para o futuro, só desejo que sua experiência com os estudos seja tão enriquecedora quanto foi até agora.

Por ora, só peço calma para lidar com a ansiedade gerada pela proximidade do vestibular. Mais uma prova de que o tempo passou e meu filho cresceu. E que o momento que achei que nunca fosse chegar, chegou.

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