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Na 3º edição do ano, Slam cuiabano ganha documentário sobre movimento

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Na 3º edição do ano, Slam cuiabano ganha documentário sobre movimento
Foto: Carol Marimon/Cidadão Cultura

Três rounds, três minutos e três poesias. Dessa vez, também tem documentário. Como todo último sábado do mês, neste (31), o Slam do Capim Xeroso, além de levar literatura falada para a Praça da Mandioca com as batalhas de poesia, assiste ao próprio movimento, documentado pelo olhar audiovisual dos jovens pau-rodados Ana Carolina de Mello e João Pedro Giorgetta.

A partir das 19h, a 3º edição do ano reúne entusiastas da cultura hip-hop na “Curva do Capim Xeroso” da Rua Engenheiro Ricardo Franco, a “rua do meio”, para compartilhar poesias autorais. Já a exibição de “Slam: Rua e Resistência” encerra as batalhas.

O documentário é a primeira realização da produtora Salve Filmes, iniciativa independente de Ana Carolina e João Pedro, estudantes de Rádio e TV, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). Com o projeto, os realizadores vem promovendo experimentações audiovisuais para dar visibilidade às suas inquietações, além de pôr em prática os estudos.

Slam: Rua e Resistência foi exibido em praça pública de Campo Grande no último domingo (25)

Em “Slam: Rua e Resistência”, a poesia e a arte permeiam a narrativa e o depoimento das personagens como parte de um processo de ocupação cultural e urbana. “Surge da compreensão de que o slam vai além de um rolêzinho e se transforma em uma ferramenta de retomada dos espaços públicos. Ali, as pessoas se reúnem na rua para falar sobre racismo, machismo, exploração e tudo as que a afeta, como um movimento de resistência ao processo de elitização como a Praça da Mandioca”, explica Ana.

“Se trata de um movimento de poesia, que resgata o sentido do ouvir, conecta as pessoas”, complementa. O movimento é o primeiro a levar a literatura falada para as ruas, através do jovem produtor cultural Guilherme Raeder. Antes de completar seu primeiro ano, o Slam do Capim Xeroso ainda levou a rapper e poeta PachaAna para a semifinal no campeonato nacional Slam BR, realizado em Belo Horizonte, em dezembro de 2017.

PachaAna e Guilherme, assim como uma das realizadoras das batalhas de rap na cidade, Emily Almeida, o poeta de São Paulo, Edgar Pererê, além de outros artistas e participantes da 7ª edição, quando o documentário foi gravado, foram entrevistados pela dupla.

E não fica por ali. Por meio da conexão com o Coletivo Expressões do Centro-Oeste e o Slam do Capim Xeroso, os jovens já interagem com outros slams brasileiros e planejam exibições em outros Estados. No último domingo (25) eles estiveram em Campo Grande (MS) para compartilhar experiências com os vizinhos, durante exibição no Sarau do Slam Campão.

“Foi uma experiência muito gratificante perceber que uma ação autônoma ganha vida e tem seus desdobramentos. O documentário é de todos nós e estamos correndo atrás para que ele seja exibido em vários lugares diferentes”, revela Ana.

Ela confirma a ida a Brasília no dia 7 e articula exibições nas ruas da cidade de Recife e em Minas Gerais, fora de auditórios e salas de cinema em um primeiro momento. “A democratização da arte é necessária e é na rua que acontece a encontro de diferentes universos”, ressalta.

Nesta sábado (31), na Praça da Mandioca, é só chegar. Mais informações nas redes sociais e evento.

 

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