O Ministério Público Federal protocolou duas denúncias no Tribunal Regional Eleitoral contra quatro pré-candidatos de Mato Grosso por propaganda eleitoral antecipada. Entre os representados por suposta infração da Legislação Eleitoral estão o deputado federal e candidato à reeleição Ezequiel Fonseca (PP) e a juíza aposentada e candidata ao Senado Selma Arruda (PSL).
De acordo com a denúncia contra Ezequiel, ele teria divulgado seu trabalho na Câmara Federal, bem como publicado felicitações por datas comemorativas em seus perfis no Facebook e Instagram contento o número 11, que corresponde ao número do PP, partido do qual é presidente regional. As publicações estariam sendo realizadas desde janeiro deste ano.
Além disso, no Twitter, o candidato teria pedido voto explicitamente, o que é vedado pela legislação no período pré-campanha. “Ocupei cargos de vereador e prefeito por duas vezes em Reserva do Cabaçal, pres/AMM e Adjunto Escolar da Seduc. Conto com seu Voto 11456”, diz a publicação.
Já Selma Arruda, assim como o candidato a deputado federal Rafael Beal Ranalli (PSL) e a estadual Rafael da Silva Yonekubo (Pros), foram representados devido a realização do “1º Pedágio Pró-Bolsonaro em Cuiabá” pelo Movimento Direita Mato Grosso, em um posto de combustível da capital.
Durante o evento, que teria sido organizado por Rafael Yonekubo, foram distribuídos adesivos com o nome da juíza aposentada e, em um vídeo publicado no YouTube e Facebook, Rafael Ranalli aparece distribuindo adesivos com os dizeres Juíza Selma.
Pela Legislação Eleitoral, a campanha só é permitida a partir de 15 de agosto. O Ministério Público Eleitoral pede a exclusão imediata das propagandas, sob pena de multa.