O Ministério Público do Estado (MPE) instaurou uma sindicância para apurar o planejamento de um suposto atentado a uma escola em Cáceres (220 km de Cuiabá), que foi descoberto após o pai de um dos envolvidos descobrir mensagens em um aplicativo de celular. O esquema foi denunciado à Polícia Civil, que investiga o caso.
Conforme o Ministério Público, em razão do acontecido, a Promotoria de Justiça de Defesa da Criança e do Adolescente de Cáceres e a Assessoria Pedagógica da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) devem lançar um projeto de prevenção a ameaças em escolas, com o objetivo de sensibilizar os estudantes.
Segundo o MPE, o trabalho será desenvolvido por equipe multidisciplinar, com a participação de psicólogos, assistentes sociais, psicopedagogos, entre outros profissionais.
O caso
Conforme a Polícia Civil, cerca de 14 estudantes, que participavam de um grupo no Telegram, foram ouvidos pela Delegacia Especializada do Adolescente (DEA) de Cáceres nesta segunda-feira (18).
Os adolescentes integravam um grupo que compartilhava mensagens de planejamento de um suposto atentado a uma escola do município. Segundo o delegado Alex Cuyabano, os alunos disseram se tratar de uma “brincadeira” e choraram muito durante o depoimento. Além dos 14 ouvidos, outras quatro pessoas também estão no grupo do Telegram.
O caso veio à tona e causou grande repercussão na cidade depois que a Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano (interior de São Paulo), foi alvo de um atentado. Na ocasião, dois jovens entraram na escola e atiraram contra oito pessoas. Dezenas outras ficaram feridas. Os autores do crime eram ex-alunos e se mataram após o crime.
