O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Blairo Maggi, atualmente no PP e que já foi filiado ao PPS e ao PR, utilizou a paixão que as pessoas sentem pelos times de futebol para dizer que na política a “fidelidade” não é a mesma. “Política não é igual time de futebol, que a gente ama o time ganhando ou perdendo. Na política a gente se organiza para cada eleição, para um tipo de propositura”.
Maggi, que é torcedor fanático do Internacional de Porto Alegre, ainda destacou que é comum as coligações serem totalmente definidas apenas na última hora. O Partido Progressista, por exemplo, que vinha apoiando a candidatura de Wellington Fagundes (PR) ao Governo do Estado, quase pulou fora da aliança com os republicanos.
A coligação entre PP e PR acabou sendo confirmada durante a convenção, realizada domingo passado (05), prazo final estipulado pela Justiça Eleitoral. Os progressistas estavam em conversa com o DEM, que tem como candidato ao Governo o ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes. “Até em última hora, no último instante, a gente vê mudanças e elas são naturais, fazem parte da política”, avaliou.
Para o ministro, as siglas estão muito mais focadas nas candidaturas proporcionais (deputados federais e estaduais) do que as majoritárias (governador e senador). “Os partidos se interessam, realmente, em quantos deputados eles farão aqui para a Assembleia Legislativa de Mato Grosso e quantos vão conseguir mandar para Brasília para representar seus partidos”.
A razão para essa importância específica em formar alianças, de acordo com o ministro, está relacionada à força política para os mandatos dos próximos quatro anos.
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