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Médico que operou bancária responde a processo e tinha várias passagens pela polícia

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Médico que operou bancária responde a processo e tinha várias passagens pela polícia

O médico Denis Furtado, de 45 anos, que realizou a implantação mal-sucedida de silicone na bancária Lilian Calixto, de 46 anos, responde a um processo ético-profissional junto ao Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal (CRM-DF) e já tem mais de 20 anotações em sua ficha criminal. As informações foram repassadas nesta terça-feira (17) pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e 16ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro.

Segundo as informações, Denis foi alvo de uma interdição cautelar em março de 2016, o que o impediu de exercer a profissão. No entanto, três meses depois, ele conseguiu suspender a medida na Justiça de Brasília (DF).

Nesta terça-feira, a delegada Adriana Belém, da 16ª Delegacia de Polícia do Rio de Janeiro, responsável pelas investigações do caso que resultou na morte da bancária, informou que Denis, conhecido como “Doutor Bumbum”, já possui sete passagens pela polícia.

[featured_paragraph]Conforme noticiou o jornal Extra, do Rio, a delegada teria informado que uma das anotações criminais é de homicídio, registrada em 1997, quando o médico tinha 24 anos. No entanto, ela não teria dado detalhes sobre o caso.[/featured_paragraph]

Além do crime, Denis também tem registros por porte ilegal de arma (2003), crime contra administração pública (2003), resistência à prisão (2006 e 2007), violação de domicílio (2007) e exercício arbitrário das próprias razões (2007) – que é quando a pessoa cobra um direito da forma errada.

No Distrito Federal, Denis também é investigado pela polícia por outros 21 crimes, segundo divulgou o site Metrópoles. As ocorrências teriam sido registradas de 2011 a 2008 – a maioria referente a falsidade ideológica. O site também apurou que o médico é investigado por crimes contra a ordem tributária. Isso porque ele cobrava caro pelos procedimentos, não emitia nota fiscal e teria adquirido carros de luxo para ocultar rendimentos.

Atualmente, Denis é considerado foragido em razão da morte da bancária. Segundo a delegada responsável pelo caso no Rio, o médico não tinha autorização para trabalhar no Rio de Janeiro, conforme confirmou o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj). A mãe do profissional, que é médica com licença cassada pelo Conselho do Distrito Federal, também está foragida. Ela é suspeita de ter auxiliado na cirurgia. Além disso, o procedimento foi realizado na casa do médico – um apartamento de luxo na Barra da Tijuca.

O caso

Lilian viajou de Cuiabá para o Rio na sexta-feira (13), para realizar o procedimento estético no sábado (14). No entanto, ela passou mal e foi encaminhada para uma unidade médica. Lá, teve piora no quadro clínico e morreu na madrugada de domingo (15), após quatro paradas cardíacas. A suspeita é de que ela tenha sofrido embolia pulmonar em razão do implante.

O corpo da bancária foi trazido a Cuiabá nesta terça-feira (17), e o velório será realizado a partir das 14h.

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