O ex-deputado estadual pelo PT e procurador do Estado Alexandre César, teve os bens bloqueados pelo juiz da Vara Especializada em Ação Civil Pública e Ação Popular, Luís Aparecido Bortolussi Junior. O magistrado determinou o bloqueio para valores encontrados nas contas bancárias e aplicações financeiras de até R$ 1,2 milhão.
Trecho da decisão, obtida pelo Ponto na Curva, aponta que o bloqueio não seja aplicado para eventuais valores correspondes a pagamentos de pensão alimentícia. Alexandre César é acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE) na ação de suposto esquema de pagamento de “mensalinho”.
O MPE apura o suposto pagamento de propinas com recursos desviados do Programa MT Integrado, de incentivos fiscais e de obras da Copa do Mundo, durante o governo Silval Barbosa (ex-MDB).
Segundo a denúncia, Silval firmou acordo com parlamentares para manter a governabilidade, ter as contas do governo aprovadas, os interesses do Poder Executivo priorizados na Assembleia Legislativa e não ter nenhum dos membros do alto escalão do Estado investigado em Comissão Parlamentar de Inquérito.
Em troca, os deputados teriam recebido uma espécie de “mensalinho” no valor de R$ 600 mil, que teria sido dividido em 12 vezes de R$ 50 mil. Entre as provas apresentadas estão as cenas gravadas pelo ex-chefe de gabinete de Silval, Sílvio Cézar Araújo, que mostram vários deputados e ex-políticos com maços de dinheiro. Alexandre César aparece em uma dessas gravações.
Além do ex-deputado estadual, foram acionados no processo Silval Barbosa, Sílvio Cézar, Maurício Guimaraes (ex-secretário da extinta Secretaria da Copa) e Valdísio Viriato (ex-secretário de Planejamento da gestão passada).
Até o momento tiveram os bens bloqueados: os deputados estaduais Baiano Filho e José Domingos Fraga; o deputado federal Ezequiel Fonseca; o ex-deputado Antônio Azambuja; o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, e a prefeita cassada de Juara, Luciane Bezerra.