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Jornais e emissoras se juntam para combater fake news nas eleições

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Jornais e emissoras se juntam para combater fake news nas eleições
Representantes de 24 meios de comunicação se uniram para combater a desinformação (Foto: Divulgação/Abraji)

Enviado especial a São Paulo – Um grupo de 24 meios de comunicação se juntaram para combater a propagação das chamadas “fake news” – ou notícias falsas – durante as eleições deste ano. A iniciativa foi chamada de Comprova e teve início com o First Draft, centro de estudos jornalísticos ligado ao Shorenstein Center, da Universidade Harvard. No Brasil, parte dos esforços são coordenados pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji). 

“O volume de conteúdo problemático circulando no Brasil é grande demais para que uma única redação possa lidar com ele, e não faz sentido que diferentes redações dupliquem esforços para investigar os mesmos casos de conteúdo problemático”, disse Claire Wardle, diretora do First Draft durante o 13º. Congresso da Abraji, realizado dos dias 28 a 30 deste mês, e que contou com a participação do LIVRE. 

O Comprova vai dar início à sua operação no dia 6 de agosto. A partir de então, as redações dos 24 veículos passarão a fazer o monitoramento. 

O objetivo do projeto é buscar nas redes sociais se os posts, fotos e vídeos mais compartilhados são inverídicos, distorcidos ou fora de contexto. Caso alguma publicação levantar suspeita, ela terá de ser avaliada por checadores de duas redações diferentes.

Uma vez checados, a avaliação será publicada no site do Comprova e poderá ser divulgada nos veículos parceiros e serão distribuídos igualmente nos canais do grupo para alertar possíveis usuários. O Comprova pode ser encontrado nas principais redes sociais, como o Twitter e o Facebook. 

Inspiração 

O projeto Comprova foi inspirado no CrossCheck, uma iniciativa parecida levada a cabo na campanha presidência da França em 2017. A diferença, como destacou Claire, é que no Brasil houve uma união maior entre diversos canais de mídia que são concorrentes entre si. 

“Se der certo no Brasil, tenham certeza, este país terá sido pioneiro no combate às fake news”, disse. 

“Nunca vi tantos veículos se unirem em torno de um projeto como este. O desafio de combater a desinformação exige ação coordenada”, disse Daniel Bramatti, diretor da Abraji.

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