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Joice Hasselmann: “Eu sou um perigo, mas um perigo bom!”

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Joice Hasselmann: “Eu sou um perigo, mas um perigo bom!”
(Foto: Reprodução/O Livre)

Ela saiu da região Sul do país e agora domina o Congresso Nacional, em Brasília (DF). Jornalista, escritora, mãe, curiosa e eleita a deputada federal mais votada do país, Joice Hasselmann, falou ao LIVRE sobre o desafio de dialogar com a base, sobre ego e a família Bolsonaro.

A dona de olhos claros vibrantes, de cílios volumosos, sempre aparece alinhada e elegante nos corredores ou no cafezinho da Câmara e não perde a pose nem mesmo ao correr para segurar o elevador com destino a mais um compromisso na Casa Civil.

“Vem comigo que falo contigo no caminho”, disse ela. E assim fomos, enquanto sua assessora registrava tudo para as redes sociais. Hasselmann já recebeu prêmios como uma das personalidades mais influentes nas redes sociais, quando o tema é política.

Foi por meio do seu ativismo que ela passou a conquistar cada vez mais seguidores. Muitos deles com o discurso contrário ao Partido dos Trabalhadores. Em 2018, a jornalista que passou pela Veja, Jovem Pan, e assina a biografia do então juiz federal Sérgio Moro, se filiou ao PSL e anunciou a sua pré-candidatura.

Em outubro de 2018, a loira foi eleita com mais de um milhão de votos, conquistando a segunda maior votação pelo estado de São Paulo. No último mês, ela foi a escolhida pelo presidente da República Jair Bolsonaro (PSL) como líder do governo no Congresso.

Confira as cinco perguntas que Joice Hasselmann respondeu para o LIVRE:

1 – O que significa a escolha de uma mulher como líder do governo Bolsonaro?

Joice Hasselmann – Eu não gosto muito da questão homem e mulher, mas hoje foi muito interesse. Eu estava lá com o grupo de vice-líderes e os meninos todos deputados de muito tempo dizendo “é uma honra sermos liderados por uma menina, uma mulher, mas que chega atuante no Congresso Nacional”.

2 – Qual o maior desafio nesse papel?

Joice Hasselmann – O desafio é fazer a articulação da base e isso não tem nada a ver em ser mulher ou não ser, mas eu acho que o jeitinho feminino ajuda bastante. O fato de a gente conseguir conversar e articular, e graças ao bom Deus eu conto aí com a confiança dos líderes aqui da Casa.

3 – “Se a mulher que já lê é um perigo, imagine a que escreve”. A senhora concorda com essa frase?

Joice Hasselmann – (rs…) Eu sou um perigo, mas um perigo bom!

4 – É mais fácil lidar com a grosseria de alguns produtores na FPA ou com o ego do ministro Sérgio Moro?

Joice Hasselmann – Ego do ministro? O ministro Sérgio Moro é um querido, um doce, uma paixão. Ele e a esposa dele. Eu não vejo nada disso. Ele é muito querido, aliás, todos aqui são. Acho que quem fica dando muito pitaco de fora e falando de ego é porque tem o ego muito grande e não consegue olhar as qualidades daqueles que estão comandando o nosso país.

5 – A senhora utiliza muito as redes sociais e já recebeu até prêmios como uma das maiores influenciadoras na América Latina. Como avalia as possíveis crises de imagem causadas pelos filhos do presidente Jair Bolsonaro (PSL)?

Joice Hasselmann – Não existe crise de imagem. Os filhos do presidente têm liberdade, eles têm o direito de se posicionar. Nós vivemos em um país livre e eles podem reclamar, criticar, assim como são criticados muitas vezes. É da democracia. Quem não gosta desse tipo de coisa está no lugar errado, tem que ir para a ditadura.

Extra – Muitos jornalistas criticam a forma como a imprensa é tratada por pessoas do alto escalão e familiares do presidente. Em sua avaliação, como jornalista, o que fazer para melhorar essa relação entre imprensa e governo?

Joice Hasselmann – Conversando e dialogando. E é o que estou fazendo. A melhor forma de você construir qualquer relacionamento, tanto no Congresso, quanto na imprensa, ou com qualquer instituto, é dialogando. E é o que a gente vai fazer aqui.

Saideira – A senhora carrega um bom número de processos, e como diria aquele velho ditado “Jornalista bom é aquele que tem processo…”, então a senhora é boa no que faz?

Joice Hasselmann – Os processos, na verdade, que tentaram mover contra mim ninguém ganhou absolutamente nada. Então, quer dizer que realmente eu sou boa no que faço, porque quando tentam me derrubar a Justiça vem e me dá ganho de causa.

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