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Insatisfação com Emanuel racha a base, que articula criação de novo grupo na Câmara

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Insatisfação com Emanuel racha a base, que articula criação de novo grupo na Câmara
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

Um novo grupo se articula nos bastidores da Câmara de Vereadores de Cuiabá e pode enfraquecer a base de apoio do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Intitulado de “Centrão”, o grupo já contaria com 12 vereadores, sendo sete da oposição ao prefeito e cinco da situação, que hoje conta com 18 parlamentares.

Segundo informações obtidas pelo LIVRE, o Centrão seria formando pelo presidente da Câmara, Justino Malheiros (PV), Marcos Veloso (PV), Ricardo Saad (PSDB), Wilson Kero Kero (PSL) e Doutor Xavier (PTC), ainda situacionistas, e pelos vereadores da oposição Abílio Júnior (PSC), Dilemário Alencar (Pros), Diego Guimarães (PP), Felipe Wellaton (PV), Gilberto Figueiredo (PSB), Marcelo Bussiki (PSB) e Toninho de Souza (PSD).

O principal motivo para a formação do novo grupo seria o descontentamento de vereadores da base com um suposto favorecimento de Emanuel Pinheiro a três parlamentares, sendo eles Lilo Pinheiro (PRP), Juca do Guaraná Filho (PTdoB) e Paulo Araújo (PP). Dois desses vereadores insatisfeitos inclusive assinaram o requerimento para abertura da CPI da Saúde para investigar a falta de medicamentos em unidades de saúde da Capital.

Além disso, eles não teriam concordado com a suposta manobra da situação para impedir novas instigações do Executivo por parte da Câmara Municipal. Isso porque, na sessão da última quinta-feira (21), foram criadas três Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs), atingindo o limite estipulado pelo Regimento Interno para procedimentos investigatórios em andamento, com um total de cinco CPIs.

Nos bastidores, a informação é de que a oposição estava prestes a requerer a instalação de uma comissão para apurar denúncia de que o irmão do prefeito e proprietário da afiliada da TV Cultura em Cuiabá, Marco Polo de Freitas, o Popó, estaria sendo beneficiado com recursos da Secretaria Municipal de Educação.

Caso o grupo realmente ganhe força, o reflexo também será sentido na eleição da Mesa Diretora, marcada para 26 de agosto. Hoje, dois vereadores da base aliada se articulam para disputar a presidência, Misael Galvão (PSB) e o próprio Justino, embora a permissão aprovada pela Câmara para reeleição da Mesa na mesma legislatura esteja suspensa pela Justiça.

As CPIs

Duas CPIs instaladas na quinta-feira (21) constaram em ata – já a terceira foi protocolada ao fim da sessão. Proposta do vereador Marcrean Santos (PRTB), esta última tem por objetivo investigar um pagamento de R$ 1,5 milhões feito em 2016 em contrato firmado pela Secretaria de Educação de Cuiabá.

As outras duas comissões buscam apurar medições “fantasmas” em obras também realizadas pela Secretaria de Educação em 2016 e os repasses do Executivo às entidades filantrópicas de Saúde. Todas foram propostas por vereadores da base e os membros devem ser anunciados pelo presidente da Câmara na próxima segunda-feira (25).

Na semana passada foi aberta outra CPI para investigar supostas irregularidades na Secretaria Municipal de Saúde. De autoria de Abílio Junior, a comissão busca investigar a falta de medicamentos nas unidades municipais de saúde e uma eventual crise que teria sido provocada para viabilizar contratos emergenciais.

Por fim, a Câmara conta ainda com a CPI do Paletó, que tem por objetivo apurar o suposto recebimento de propina por parte do prefeito Emanuel Pinheiro. Os trabalhos, por sua vez, suspensos pela Justiça e os parlamentares aguardam a decisão de Justino sobre requerimento para troca dos membros da comissão, o que permitiria a retomada das investigações.

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