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Homem ateia fogo na esposa, tenta suicídio e ambos vão parar no mesmo hospital

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Homem ateia fogo na esposa, tenta suicídio e ambos vão parar no mesmo hospital
Reprodução Folha do Progresso

Mais uma vítima de tentativa de feminicídio, Tatiane aparecida da Rocha do Carmo, 35 anos, agoniza no Hospital Municipal de Novo Progresso (PA). Ela teve mais de 90% do corpo queimado por uma das pessoas em quem mais confiava, o companheiro com quem dividia o lar, em Castelo dos Sonhos (distrito de Altamira a 68 km de Novo Progresso pela BR-163).

Conforme noticiou o site Folha do Progresso, no dia 13 de abril Laudemir Sousa Cunha, de 34 anos, chegou em casa sob o efeito de álcool, dizendo que levaria uma moto até outra localidade. Tatiane protestou, para proteger o marido.

Mas ao tentar impedir o companheiro, ela despertou sua fúria. E em frente à casa, depois de agredi-la, ele pegou um galão de gasolina, jogou sobre ela e ateou fogo. Braços, pernas, peito, rosto. Está tudo em carne viva. Tatiane está viva porque os vizinhos agiram rápido e apagaram o fogo do corpo dela.

Ela foi levada para esse que é o hospital mais próximo e deve seguir internada pelo menos mais dez dias. É a família, que mora em Minas Gerais, que tem lhe confortado com ligações diárias. E é para lá que ela deve ser transferida, logo que estiver fora de risco.

De acordo com o enfermeiro coordenador da unidade hospitalar, Everton Bazanella Ferla, o tratamento está focado em garantir que não haja insuficiência renal ou algum tipo de infecção.

Ela está lúcida e conversa. “Agora, sente muita raiva do agressor. E tem medo também. Como ela sabe que supostamente ele está preso na cidade, ela teme que ele vá até lá”, conta Everton.

No mesmo hospital

Mas o que ela ainda não sabe é que ele já não está mais na cadeia. Ele está internado em uma semi-UTI no mesmo hospital que ela.

Depois de passar dois dias na cadeia, ele tentou suicídio com uma toalha. Ele está em coma devido à uma lesão cerebral ocasionada pelo tentativa de enforcamento. A toalha rasgou. “Certamente que as queimaduras – de segundo grau em sua maioria – vão lhe trazer sequelas, principalmente, estéticas. Já o agressor, corre risco de vida”, avalia Everton.

“Infelizmente, mesmo sabendo do temor que ela tem dele se aproximar, decidimos não dizer a ela sobre o paradeiro dele, para preservar o emocional dela. Não sabemos qual será a sua reação”.

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