O deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) foi o único parlamentar indicado à vaga de conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) a ter a candidatura deferida, de acordo com o relator do processo na Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) da Assembleia Legislativa. A votação foi interrompida há pouco por um pedido de vista de Sílvio Fávero (PSL).

A reunião do colegiado analisou a documentação exigida dos candidatos. Relator do processo, o deputado Wilson Santos (PSDB) destacou em seu voto que Max Russi (PSB), Dilmar Dal Bosco (DEM) e Sebastião Resende (PSC) não apresentaram tudo o que era necessário. O servidor público Max Campos também teve a candidatura negada pelo mesmo motivo.

Só o juiz Eduardo Calmon, diretor do Fórum de Várzea Grande, seguirá para a próxima fase do processo seletivo junto com Maluf, se o voto de Wilson for aprovado pelos demais membros da CCJR.

Sebastião Resende e Max Russi reagiram ao relatório. O primeiro garantiu ter apresentado todos os documentos e chegou a sugerir que eles teriam sido extraviados. Já o socialista questionou o fato de não haver um relatório individual para cada candidato e lhe ter sido exigida uma certidão emitida em Jaciara, município onde já residiu.

“Sei que o Maluf tem casa em Chapada [dos Guimarães], então, ele tinha que apresentar de lá também”, disse Max. Conforme o socialista, o tucano entregou somente uma certidão emitida em Cuiabá.

Bate-boca

A reunião da CCJR acabou tomada por um bate-boca generalizado entre os deputados. Principal defensora da candidatura de Max Russi ao TCE,  Janaina Riva (MDB) ameaçou recorrer ao Judiciário contra o relatório de Wilson Santos, caso ele seja aprovado. “Vamos passar vergonha no crédito ou no débito? Não vou aceitar vocês aprovarem uma candidatura por WO”, disse.

Presidente da CCJR, Paulo Araújo defendeu o processo, garantindo isenção por parte da Comissão. Guilherme Maluf rebateu a parlamentar afirmando que ela estava fazendo uma “defesa emocionalmente conturbada”.

Dilmar Dal Bosco também criticou o relatório de Wilson Santos. O democrata teve a candidatura indeferida porque não reconheceu firma de uma assinatura. Além disso, não teria apresentado documentos que comprovassem o notório saber jurídico e contábil. “Não sou deputado há 10 anos, mas trabalhei em banco e tenho uma empresa há 25 anos”, argumentou.

(Atualizada às 16h38)

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