O presidente regional do PSD e ex-vice-governador Carlos Fávaro descartou qualquer possibilidade de liberar os filiados do partido para apoiar candidatos de outras coligações. A coligação com o DEM e o apoio à candidatura de Mauro Mendes ao governo estadual devem ser oficializados na convenção partidária de sábado (4), que também deve confirmar a candidatura de Fávaro ao Senado.
Com isso, os deputados estaduais do PSD que insistem em apoiar a reeleição do governador Pedro Taques (PSDB) devem ser enquadrados e punidos, se cometerem atos de infidelidade partidária depois das convenções. O presidente comunicou essa decisão aos deputados em reunião.
“Zero”, respondeu Fávaro ao LIVRE, ao ser questionado sobre a possibilidade de liberar os deputados para apoiarem Taques. “Sábado será a convenção e o que for aprovado na convenção terá que ser respeitado pelos filiados. Quem cometer infidelidade sofrerá as sanções da lei. Acabou a brincadeira. É preciso ter respeito às leis. E a legislação eleitoral não permite infidelidade à coligação. Democracia não é sinônimo de baderna”, disparou.
Fávaro, que renunciou ao cargo de vice-governador em abril, em meio a desentendimentos com Taques, e na sequência assinou o manifesto dos dissidentes, não deu margem para que o tucano receba apoio de parte da sigla.
O deputado estadual Pedro Satélite levantou, em entrevista na quarta-feira (1º), a possibilidade de os parlamentares serem liberados para apoiar a candidatura do governador, mesmo estando em outra coligação. Wagner Ramos, Gilmar Fabris e Ondanir Bortolini “Nininho” também declararam, em diversas ocasiões, que preferiam apoiar o tucano.
“Esperamos ter a liberação do partido. Porém, se o PSD não autorizar, qualquer ato nesse sentido pode ser enquadrado na lei de fidelidade partidária”, disse Satélite, na quarta, antes da reunião com Fávaro.