A Propósito

Fábio Galindo é testemunha

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Fábio Galindo é testemunha
Foto: José Medeiros/Gcom

O ex-secretário de Estado de Segurança Pública Fábio Galindo foi intimado pela 11ª Vara Criminal Militar a prestar testemunho, por meio de carta precatória, na ação que julga um esquema de interceptações telefônicas ilegais iniciado em setembro de 2014, que ficou conhecido como “Grampolândia Pantaneira”.

Galindo deve prestar depoimento em Brasília (DF), onde mora, e o documento encaminhado ao Fórum de Cuiabá. Também foi intimado, pelo mesmo sistema, o coronel da Polícia Militar (PM) Antônio Ribeiro Leite, que reside em Vila Velha (ES). As cartas precatórias foram enviadas aos respectivos em 06 de julho de 2018.

No dia 27 do mesmo mês foi realizada uma audiência com os cinco policiais militares acusados de participação dos grampos ilegais. O cabo da PM de Mato Grosso Gerson Corrêa disse em depoimento, prestado na madrugada do dia 28, que as escutas seriam de interesse do governador e de seu primo, o ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques.

O militar, em depoimento, disse que as interceptações teriam sido encerradas por conta do vazamento de informações. Especialmente, porque o promotor Mauro Zaque teria conhecimento de tudo.

Entenda o caso:  

Em 2015, primeiro ano do governo Pedro Taques (PSDB), que concorre à reeleição, Galindo era adjunto do então secretário de Segurança Pública Mauro Zaque, que é promotor de Justiça.

O então secretário estadual e seu adjunto, Fábio Galindo, apresentaram ao governador slides detalhados de como funcionavam os grampos. A atividade clandestina teria sido custeada pelo primo de Taques e ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques.

De acordo com o cabo, Paulo Taques pagou a ele o valor de R$ 50 mil para que a central de escutas entrasse em atividade durante o período eleitoral. À época, o primo de Pedro Taques era coordenador de campanha do então senador e atual governador de Mato Grosso.

Quando o caso se tornou público, em 2017, o próprio governador Pedro Taques solicitou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) que o investigasse, com o objetivo de tentar provar que não teve envolvimento nos fatos.

Por meio de nota, o governador ressaltou que, em 2015, ao tomar conhecimento do esquema de escutas ilegais, determinou a apuração dos fatos, garantindo a independência das Polícias Civil e Militar nas investigações.

Em audiência que terminou na madrugada de 28 julho, o cabo da Polícia Militar Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior, confessou participação no esquema de escutas clandestinas que ficou conhecido como “grampolândia pantaneira”.

Além do Cabo – último a depor -, foram interrogadas na audiência que começou às 1u horas de sexta-feira, os coronéis da PM Zaqueu Barbosa, Evandro Alexandre Ferraz Lesco e Ronelson Jorge de Barros e o tenente-coronel Januário Antônio Edwiges Batista.

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