Cada vez mais dedicados à arte de lançar foguetes, os alunos do Colégio Notre Dame de Lourdes, de Cuiabá, se preparam para uma nova disputa nacional. Eles estão inscritos na Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) que acontece no dia 18 de maio no Rio de Janeiro, junto a Olímpiada Brasileira de Astronomia (OBA).

No ano passado, os mato-grossenses levaram o 12º lugar na competição, que contou com mais 60 escolas públicas e privadas de todo o país. Neste sábado (11), eles se reúnem na UFMT, das 14h às 17h, em uma nova tentativa de lançamento dos foguetes, como um treinamento para a final.

A Mostra consiste em uma competição de foguetes feitos de garrafa PET e construídos pelos próprios alunos, individualmente ou em equipes de até três participantes. Na disputa, será avaliada a capacidade dos estudantes de construir e lançar os foguetes o mais longe possível.

Os que obtiverem a melhor classificação irão representar o Brasil nas seguintes olimpíadas internacionais Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica e Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica.

Além disso, os participantes ganharão medalhas, certificados e participarão da Jornada Espacial São José dos Campos, em São Paulo. Nesse evento, os alunos têm a oportunidade de assistir palestras com os melhores profissionais da área de astronomia e astrofísica no Brasil, além de receber materiais de apoio exclusivo.

Giovanna Hessmam e Emanuelle Zocolotto foram premiadas com 12ª lugar na Mostra de Foguetes na edição passada

Para chegar até lá, portanto, os alunos, que cursam o ensino médio no Notre Dame, contam com o auxílio de professores e aulas extras para aprender a construir e lançar o instrumento, além dos treinamentos em casa.

A estudante Júlia Amaral Pelloso explica que até a data do evento, as equipes se dedicam a construir novos foguetes para substituir aqueles que foram totalmente detonados nas experiências de lançamento ou a reconstruir os que ficaram parcialmente destruídos. 

A primeira tentativa aconteceu no último fim de semana. Sobre a ocasião, Lívia Fiúza relata que foi praticamente um teste para melhorar e fazer diferente no sábado, pesquisando e observando outros conteúdos. “O professor deu a orientação de como seria e o que teríamos que fazer para criar os foguetes e também como fazer a base, além de disponibilizar imagens sobre a medição. Está sendo bem interessante”, conta.

Gustavo Fabris lembra ainda que além das orientações, os competidores também se dedicam a pesquisas, principalmente sobre a asa, peso, tipo de garrafa, fitas, entre outros aspectos. “A expectativa é muito grande. Todos nós queremos ir para o Rio de Janeiro. Se antes a gente se reunia no fim de semana para jogar bola, agora nos dedicamos ao lançamento de foguetes”, comenta.

Esther Grzesiuk explica a intenção dos alunos, professores e colégio ao participar da competição: “O lançamento é uma prática do que aprendemos na sala de aula. A gente tem a explicação na sala de aula, mas na prática é bem diferente, ainda mais você ver que um foguete voa mais de cem metros”.

Sobre a OBA

A Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) nasceu em 1998, com intuito de trazer ao Brasil um evento educacional de caráter cientifico. Assinada pela UNESCO, neste ano, a OBA completa 20 anos desde a sua primeira aplicação.

Desde então, as competições já distribuíram cerca de 40 mil medalhas no evento que já recebeu oito milhões de participantes, contando com alunos de escola pública e privada.

As provas da Olimpíada Brasileira de Astronomia são divididas em quatro etapas e as avaliações para o ensino fundamental e ensino médio contam com a seguinte estrutura: dez perguntas em cada etapa, sendo 03 de astronáutica e 07 de astronomia.

É válido lembrar que grande parte dessas perguntas necessitam apenas de raciocínio lógico.

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