Eleições 2018

“Estou esperando os acontecimentos”, diz Pedro Taques sobre primos presos

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“Estou esperando os acontecimentos”, diz Pedro Taques sobre primos presos
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O governador Pedro Taques (PSDB) disse que confia na Justiça, em relação às acusações contra seus primos Paulo e Pedro Jorge Zamar Taques, presos desde 9 de maio no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). Ambos são apontados pelo Ministério Público Estadual (MPE) como integrantes de um esquema de corrupção no Departamento Estadual de Trânsito (Detran), ao lado de outras 56 pessoas, na Operação Bereré e seu desdobramento, a “Operação Bônus”.

“Eu não conheço o processo em profundidade. Li uma peça do processo, que foi a denúncia. E estou esperando os acontecimentos e confio no Judiciário”, declarou Pedro Taques na manhã desta terça-feira (19), ao ser questionado se acreditava na inocência do primo Paulo, depois de conceder entrevista à Rádio Vila Real FM, em Cuiabá.

O governador se esquivou também ao ser questionado sobre se acreditava que não tenha havido irregularidades no Detran durante seu governo. Em entrevistas anteriores, Taques destacou, por diversas vezes, medidas que tomou para reduzir o valor do contrato entre o Detran e a EIG Mercados (antiga FDL). “Tudo o que nós fizemos foi para que não ocorresse irregularidade”, afirmou Taques, nesta terça.

No dia seguinte à prisão dos primos, Pedro Taques deu entrevista afirmando que estavam tentando “jogar o nome da família dele no lixo” e cobrou que fossem apresentadas provas de atos ilícitos ocorridos em seu governo.

Os irmãos Paulo e Pedro Jorge foram presos depois de serem delatados pelo empresário José Ferreira Gonçalves Neto, sócio da EIG Mercados. Segundo a denúncia, o escritório de advocacia dos primos do governador passou a atender a empresa depois da vitória de Pedro Taques nas eleições de 2014.

Segundo o desembargador José Zuquim Nogueira, tendo conhecimento do esquema já instalado nos governos anteriores, os irmãos Taques entraram para a organização criminosa e “iniciaram a solicitação e recebimento de propina em razão do cargo público que futuramente Paulo Taques viria a ocupar, qual seja, o de secretário-chefe da Casa Civil”. Paulo Taques comandou a Casa Civil entre janeiro de 2015 e maio de 2017 e, nesse período, foi o homem forte do Governo Taques.

Além de Pedro Jorge e Paulo Taques, também foram denunciados o ex-governador Silval Barbosa, o ex-deputado federal Pedro Henry e sete deputados estaduais: Mauro Savi (DEM), Eduardo Botelho (DEM), José Domingos Fraga (PSD), Wilson Santos (PSDB), Baiano Filho (PMDB), Ondanir Bortolini “Nininho” (PSD) e Romoaldo Júnior (PMDB).

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