O secretário de Fazenda de Mato Grosso, Rogério Gallo, afirmou que, diante da crise financeira do governo, os salários dos servidores públicos e os serviços prestados aos cidadãos estão prejudicados. Por isso, ele comemorou a aprovação do pacote de ajuste fiscal, nesta semana, realizado, realizado em meio a protestos de servidores, que chegaram a ocupar o plenário por dois dias.
“Hoje o Estado garante o salário de forma precária aos servidores e presta um péssimo serviço ao cidadão”, afirmou Gallo em entrevista coletiva nessa sexta-feira (25). “Esse pacto por Mato Grosso é uma vitória da sociedade mato-grossense. É a condição que o Estado vai ter de continuar sustentando o salário dos servidores públicos e prestando um bom serviço.”
Depois do escalonamento da folha de dezembro, os salários de janeiro serão parcelados. No dia 10 de fevereiro, todos os servidores do Estado receberão o mesmo valor e, os que ganham acima disso, terão os salários completados ao longo do mês. Porém, o governo não informou o valor dessa primeira parcela.
“O governador tem a compreensão que é melhor que todos recebam no dia 10, do que pagar de forma escalonada por faixas salariais. Pagaremos então o valor que tiver no caixa no dia 10 a mesma parcela para todos os servidores. Estamos trabalhando no fluxo de caixa e vamos anunciar o valor o mais breve possível pra que o servidor tenha previsibilidade”, disse Gallo.
Segundo o secretário, somente a restrição da RGA impedirá que o governo aumente entre R$ 250 milhões e R$ 300 milhões sua despesa anual. A medida foi criticada pelos servidores e, depois de muita negociação, uma emenda garantiu que ela poderá ser revista daqui dois anos.
O pacote aprovado inclui a restrição da RGA, a reforma administrativa com extinção de quatro empresas públicas, a Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual, e a alteração do conselho do MT-Prev.