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Escadarias da Igreja de São Benedito são lavadas em ritual que une religiões

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Escadarias da Igreja de São Benedito são lavadas em ritual que une religiões
(Foto: Luiz Alves/Secom Cuiabá)

Tolerância foi a palavra entoada por mais de 700 vozes na manhã deste sábado (23), durante o segundo ato religioso de Lavagem das Escadarias da Igreja do Rosário e São Benedito. E uma dessas vozes presentes foi a da senhora Edna Santos. “Nosso país precisa de paz para sonhar, e levar o amor aos corações ajudará no alcance dessa harmonia”, declarou.

O ritual, composto por uma caminhada, soltura de pombos e a lavagem das escadarias, simboliza a paz entre as religiões da matriz africana e a Igreja Católica e também marca as comemorações que antecedem a tradicional festa de São Benedito.

Representando a Prefeitura de Cuiabá, o secretário de Cultura, Esporte e Turismo, Francisco Vuolo, um dos padrinhos do evento, iniciado no ano passado, participou de todo o ritual e destacou a grande relevância do manifesto no desenvolvimento da harmonia e da cultura entre os povos. Vuolo disse que a gestão atual trabalha pela inclusão como base para a transformação, e o respeito a todas as devoções é uma dessas fontes inclusivas.

“Sinto-me lisonjeado de hoje poder representar a Prefeitura e a gestão do prefeito Emanuel Pinheiro, em um ato tão lindo, simbolizando a união entre os povos e também o resgate cultural, com a presença de vários elementos africanos que formam nossas raízes. Estão todos de parabéns por esse segundo de ano dessa maravilhosa festa de integração, devoção, amor e fé”, disse.

O ato deste sábado marcou a continuidade do resgate do ritual, que teve sua primeira edição em 1999 e, desde então, segundo o padre Marco Antônio Oliveira, vem sendo aderido cada vez mais pelos fieis e simpatizantes, formando uma grande corrente do bem na busca pela tolerância religiosa.

“Com esse gesto simbólico da lavagem das escadarias do Rosário, queremos despertar o amor nos corações das pessoas e trazê-las para esse cenário de fé, que propaga a paz. Deus não é propriedade de ninguém e nem prega sobre placas de igrejas. Ele prega o amor como base para tudo. Então, que sejamos mensageiros assíduos desse amor gratuito”, disse o padre.

A lavagem, de acordo com o pai Paulo Henrique de Oxumaré, rememora a ancestralidade, a vida e a purificação. As flores, também presentes entre os elementos, simbolizam as mulheres no candomblé. O líder religioso agradeceu a todos os presentes  e destacou a participação do poder público no evento, com sendo um “braço” para a propagação do ato  entre as entidades.

“Essa manhã de fé é uma grande vitória para nós, e sabemos que sem a colaboração de todos, não conseguiríamos realizar esse feito de união e amor. Por isso, agradecemos imensamente a Prefeitura, Estado, associações, Igreja Católica e, principalmente, a população. Todos ajudaram  na construção desse lindo momento”, finalizou Paulo.

(Com assessoria)

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