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Enfermeira chora ao falar do fechamento de UTI pediátrica

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Enfermeira chora ao falar do fechamento de UTI pediátrica

O último dia de trabalho na UTI Pediátrica da Santa Casa de Rondonópolis foi marcado pela emoção. Médicos e enfermeiros choraram em frente às câmeras, devido ao fechamento da unidade nesta segunda-feira (13).

Uma equipe da TV Cidade Verde/Band, foi até o local e registrou o drama dos profissionais e famílias que ali estavam.

Na matéria do jornalista Brunoh Pinheiro, a enfermeira Josi da Rosa chora ao falar do fim dos trabalhos. Ela afirma que muitas crianças foram salvas naquela UTI. “Serão muitas perdas. Só a gente sabe quantas crianças sobreviveram com o auxílio dos médicos e da equipe”, desabafou.

A profissional continua a entrevista visivelmente emocionada. “Não tenho mais palavras. É revoltante o que os políticos estão fazendo com nossa cidade, com nossas crianças”, afirmou.

Ao repórter, ela revelou que está na unidade desde o dia da inauguração e ver as crianças sendo retiradas do local é “revoltante”.

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Portas fechadas
Em nota, a Intensivista da UTI pediátrica, Ana Paula Bellinat, afirmou que saiu de Rondonópolis há 14 anos, com o sonho de ser médica e que passou diversas alegrias e algumas tristezas no local. “Infelizmente o sonho durou muito pouco. A escala de plantonistas foi se minguando e as portas da unidade se fechando”, publicou.

Bellinat tinha assumido a unidade há poucos meses. “Cada criança que salvamos foi uma vitória minha e da minha equipe”, pontuou. Para ela, a diretoria da UTI Pediátrica da Santa Casa sabia da “evolução catastrófica” e os políticos também. “Nossas contas continuaram vencendo como de toda população, não importando aos fornecedores o nosso juramento como médicos”, finalizou.

Em maio deste ano, o médico e diretor técnico do Hospital Regional de Sorriso, Roberto Yoshida, chorou em frente às câmeras ao cogitar fechar as portas para atendimentos de urgência e a transferência de pacientes na UTI, devido aos atrasos nos repasses da saúde.

“Vai começar a morrer gente uma atrás da outra”. Segundo o médico, a crise provocada pelos atrasos foi relatada ao Ministério Público Estadual. “O governo diz que pagou R$ 9 milhões, mas isso é referente ao ano passado. Tem que existir uma previsão de pagamentos”, afirmou à época.

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