Por um compromisso em Brasília (DF), o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) não pode comparecer à sessão de abertura do biênio 2019/2020 da Câmara dos Vereadores, mas, por meio do secretário de Governo, Carlos Roberto da Costa, o Nezinho, mandou seu recado: “Vamos participar mais do que criticar, vamos ajudar mais do que atrapalhar”.
Na mensagem enviada, Emanuel fez um balanço dos seus dois anos à frente da Prefeitura de Cuiabá e afirmou que já entregou 50% dos seus compromissos de campanha. Para chegar aos 100%, disse ele, quer contar com o apoio dos vereadores.
“Vamos participar mais do que criticar, vamos ajudar mais do que atrapalhar, e não é por mim que peço, é pela nossa amada população cuiabana que nos elegeu e que merece o melhor de nós! Ainda dá tempo de juntarmos forças e fazer, da Capital dos 300 Anos, uma capital preparada para mais 300 anos de muito desenvolvimento”, escreveu.
Obras e empréstimos
Em seu balanço, o prefeito começou falando sobre o Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), onde deverá funcionar o novo Pronto-Socorro Municipal, que já foi inaugurado no dia 28 de dezembro mas ainda não entrou em funcionamento.
O prefeito observou que foi necessária “muita articulação em Brasília” para que Cuiabá tivesse a obra contemplada pelo projeto “Desafio Chave de Ouro”, programa do governo do ex-presidente Michel Temer. Com a inclusão, o HMC recebeu aporte de R$ 100 milhões para finalização da obra, que já tinha recebido R$ 82 milhões da bancada federal, em 2017.
Atualmente, o novo Pronto-Socorro aguarda decisão judicial para ser colocado em funcionamento. Para ser liberado, o Executivo precisa apresentar um Plano de Gestão à Justiça. Inicialmente, a Prefeitura pretendia que a Empresa Cuiabana de Saúde fizesse a gestão da unidade hospitalar, mas, por determinação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), isso não será possível.
Ao longo de 14 páginas, lidas em pouco menos de 30 minutos pelo secretário Nezinho, Emanuel citou mudanças nos Postos de Saúde da Família, melhorias na Central de Regulação e programas de assistência.
Emanuel também não deixou o setor de infraestrutura de fora do seu balanço, e fez questão de citar o empréstimo de R$ 51 milhões, adquirido com o Banco do Brasil, em janeiro deste ano, para a construção de dois viadutos sobre as Avenidas Beira Rio e Das Torres.
O polêmico empréstimo de pouco mais de R$ 400 milhões (que, na realidade, foi feito na cotação de 115 milhões de dólares, podendo ter o custo inflado pela variação monetária), também foi citado. Segundo o prefeito, o valor será aplicado no programa Cuiabá 300 Anos e deverá contemplar obras como o Contorno Leste, anunciado na metade de 2018.
Ao submeter o pedido de autorização para o empréstimo à Câmara de Cuiabá, a prefeitura afirmou que deveria apresentar, nos dias seguintes, explicações orçamentárias, o cronograma, e a relação de obras que seriam contempladas. A matéria foi colocada “em caráter de urgência”, teve discussão acalorada entre os vereadores, foi aprovada, mas nenhuma explicação foi dada até o momento.
Quem mais trabalhou
Ao longo do balanço, Emanuel apresentou dados sobre as pastas de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Mobilidade Urbana, citando projetos, os novos ônibus articulados, novos pontos de ônibus e a Estação Alencastro. Ele também chegou a afirmar que, devido ao trabalho mostrado, deve ser “lembrado como o prefeito que mais trabalhou por Cuiabá”.
