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Em ano de eleições, deputados federais de MT torram R$ 1,6 milhão de cota em 6 meses

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Em ano de eleições, deputados federais de MT torram R$ 1,6 milhão de cota em 6 meses
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

No primeiro semestre de 2018, os oito deputados federais de Mato Grosso, dos quais sete devem estar na disputa eleitoral deste ano, gastaram R$ 1, 6 milhão com a cota para exercício da atividade parlamentar, até a data da consulta no Portal Transparência da Câmara Federal, em 18 de julho.

O campeão de gastos foi Valtenir Pereira (MDB), pré-candidato a reeleição. O deputado, que até março tinha utilizado apenas R$ 66,4 mil da cota, conseguiu torrar R$ 268,2 mil em seis meses, sendo R$ 75,2 mil com locação e fretamento de aeronave nos meses de abril, maio e junho.

Fábio Garcia (DEM), que também deve concorrer à reeleição, surge na segunda colocação, com um gasto de R$ 238,6 mil. O mês em que mais utilizou a cota foi fevereiro, num total de R$ 61,4 mil. Os maiores valores foram utilizados para divulgação de atividade parlamentar, locação e fretamento de aeronave e de veículo, emissão de bilhete aéreo e combustíveis.

Também possível candidato a mais um mandato na Câmara Federal, o campeão de gastos do primeiro trimestre, Victório Galli (PSL), caiu para a terceira posição ao longo de seis meses ao utilizar R$ 228,3 mil. A maior fatia da cota foi gasta com divulgação de atividade parlamentar.

Pré-candidato ao Senado, o deputado Nilson Leitão (PSDB) utilizou R$ 228 mil, sendo a maior parte com locação e fretamento de aeronave. Já Carlos Bezerra (PMDB), outro provável candidato à reeleição, gastou R$ R$ 216,9 mil. Em junho o emedebista gastou R$ 20 mil com consultorias, pesquisas e trabalhos técnicos.

Ságuas Moraes (PT), único que assegura estar fora das eleições deste ano, utilizou R$ 202,9 mil da cota. Ezequiel Fonseca (PP), que no primeiro trimestre havia gasto apenas R$ 11,8 mil, agora totaliza R$ 158,3 mil. O progressista deve ir à reeleição.

O parlamentar mato-grossense que menos consumiu verba indenizatória no primeiro semestre deste ano foi Adilton Sachetti (PRB), que pretende buscar uma cadeira no Senado em outubro. Ele utilizou R$ 89,9 mil de março a junho. Em janeiro e fevereiro, a cadeira foi ocupada por seu suplente, Xuxu Dalmolin (PSC), que utilizou R$ 62,6 mil.

A cota

Antiga Verba Indenizatória, a Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar é uma cota única mensal destinada a custear os gastos dos deputados exclusivamente vinculados ao exercício da atividade parlamentar. O valor máximo mensal da cota depende da unidade da federação que o deputado representa, sendo que para Mato Grosso é de R$ 39.056,17.

Podem ser indenizadas despesas com passagens aéreas; telefonia; serviços postais; manutenção de escritórios de apoio; assinatura de publicações; alimentação; hospedagem; locação ou fretamento de aeronaves, veículos automotores e embarcações, serviços de táxi, pedágio e estacionamento e passagens terrestres, marítimas ou fluviais; combustíveis e lubrificantes; serviços de segurança; contratação de consultorias e trabalhos técnicos; divulgação da atividade parlamentar, exceto nos 120 dias anteriores às eleições; participação em cursos, palestras, seminários, simpósios, congressos ou eventos congêneres; e a complementação do auxílio-moradia.

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