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Dodge pede que STF analise separadamente a acusação de caixa 2 contra Wellington Fagundes

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Dodge pede que STF analise separadamente a acusação de caixa 2 contra Wellington Fagundes
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

A procuradora-geral da República Raquel Dodge pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) abra uma “petição autônoma” para analisar especificamente as acusações de caixa 2 feitas por delatores da JBS a dez parlamentares, entre eles o então deputado federal e hoje senador por Mato Grosso, Wellington Fagundes (PR).

De acordo com a planilha do Grupo JBS, o republicado teria recebido R$ 519 mil no dia 5 de setembro de 2014, tendo ficado com um “saldo” de R$ 695 mil naquele dia. Ainda segundo o documento, o então candidato ao Senado, teria sacado R$ 300 mil, deixando R$ 395 mil na conta.

Além de Wellington, segundo reportagem do Jornal O Estado de São Paulo desta quarta-feira (28), Dodge solicita também a separação dos trechos em que são citados os deputados e senadores à época dos fatos narrados, que seguirão com prerrogativa de foro em 2019. Eles devem ser alvo de procedimentos semelhantes, que podem resultar na abertura de inquérito ou formulação de denúncia.

Além de Wellington, o pedido inclui o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM-RS), que comanda a transição do governo Jair Bolsonaro (PSL), bem como Paulo Teixeira (PT-SP), Alceu Moreira (MDB-RS), Jeronimo Goergen (PP-RS), Zé Silva (SD-MG), Marcelo Castro (MDB-PI), Ciro Nogueira (PP-PI), Renan Calheiros (MDB-AL) e Eduardo Braga (MDB-AM).

“Verificou-se situações em que o recebimento de dinheiro de forma dissimulada ocorreu no curso do mandato parlamentar por agentes políticos que ainda são detentores de foro no STF, fazendo-se necessária a autuação de petições autônomas para adoção de providências em relação a cada autoridade envolvida. Os distintos relatos de repasse de verbas envolvendo diversas autoridades públicas, em contextos que não guardam relação entre si, demandam o desmembramento dos presentes autos, de modo que cada procedimento siga o curso próprio”, diz trecho da manifestação divulgada pelo Estadão.

À época, Wellington Fagundes afirmou que as doações de campanha que recebeu do grupo JBS foram feitas por meio da direção nacional do partido, contabilizadas e registradas na Justiça Eleitoral. Afirmou, ainda, que suas contas de campanha foram aprovadas sem restrição.

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