A Procuradoria-geral da Assembleia Legislativa vai ao Tribunal de Justiça nesta quarta-feira (06) para notificar o presidente, Rui Ramos, e o desembargador José Zuquim Nogueira, do resultado da votação realizada na noite de terça-feira (5) que revogou a prisão do deputado Mauro Savi (DEM).
Os deputados aguardam que o Judiciário decida sobre a expedição do alvará de soltura, e não pretendem soltar o colega por conta própria, como fizeram com Gilmar Fabris (PSD) no ano passado.
“Evoluímos e entendemos que o caminho correto é o Poder Judiciário expedir o alvará. Não aconteceu isso com Gilmar Fabris “, disse o primeiro- secretário da Assembleia, Guilherme Maluf (PSDB).
O tucano votou a favor da liberdade de Savi. Ele disse que seu voto foi para manter as prerrogativas dos parlamentares. “Votei pela manutenção do Estado democrático de direito. A prisão temporária já teve sua função e ele não representa mais obstrução”, disse.
Maluf destacou que a votação de ontem não é um julgamento do processo de Savi, que foi preso na Operação Bônus (desdobramento da Bereré), que investiga um esquema de corrupção no Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
“Não votei pela inocência e sim pelo direito de ele responder em liberdade, estando na Assembleia e usando o mandato que foi eleito pelo povo. Eu não quis ser juiz. Quem pratica juízo de valor, se ele é culpado ou inocente, é o Poder Judiciário”, afirmou.
Atualizada às 13h
A Secretaria de Comunicação da Assembleia Legislativa informou que a Procuradoria-geral da casa irá notificar o Poder Judiciário na tarde desta quarta-feira.