Os deputados estaduais do PSD devem se reunir com o presidente regional do partido, Carlos Fávaro, nesta quarta-feira (1º), para discutir como será a atuação da sigla nas eleições deste ano. Com vaga de candidato ao Senado garantida na chapa de Mauro Mendes (DEM), e convenção agendada em conjunto com o DEM, a sigla não deve mais mudar de coligação. Com isso, a tese defendida pelos deputados, de apoio à reeleição do governador Pedro Taques (PSDB), foi derrotada.
“A vaga do Fávaro como senador está garantida na chapa do Mauro. Não vejo mais possibilidade de o PSD mudar de aliança. Agora temos que acatar a definição do partido e tocar a campanha”, observou o deputado Wagner Ramos.
O partido pode chegar à campanha eleitoral rachado, pois a maioria dos parlamentares insiste em apoiar a reeleição de Taques. No entanto, não devem mais fazer nenhum movimento no sentido de levar o partido oficialmente para a aliança tucana. O grupo ligado a Fávaro, que renunciou ao cargo de vice-governador em abril, conseguiu barrar o retorno do partido para a aliança governista.
O deputado Pedro Satélite levantou a possibilidade de os parlamentares serem liberados para apoiar a candidatura do governador, mesmo estando em outra coligação. Gilmar Fabris e Ondanir Bortolini “Nininho” também fazem parte do grupo que apoia o tucano. Acordo semelhante deve ser feito no MDB, que definiu por coligar com Mendes, mas tem diversos apoiadores de Wellington Fagundes (PR) em seus quadros.
Outro ponto que precisa ser alinhado é a formação da chapa proporcional. Os deputados querem um chapão para concorrer, porque, nas contas deles, isso aumenta as chances de reeleição. “Fávaro está com a candidatura garantida, mas a gente não. Temos que discutir como ficará a chapa”, destacou Satélite.