Na manhã desta quarta-feira (23), a Assembléia Legislativa de Mato Grosso continua ocupada pelos servidores estaduais, que permanecem no plenário e dependências do prédio desde a manhã de terça-feira (22). Muitos deles dormiram no local. O policiamento foi reforçado e a Força Tática da Polícia Militar está no local.
Muitos servidores falam em greve geral. O Sindicato dos Delegados de Polícia Civil convocou uma assembleia geral para ser realizada ainda hoje na ocupação.
Os servidores tentam impedir a votação do projeto que restringe a Revisão Geral Anual (RGA). A pauta de reivindicação do Fórum Sindical inclui também o adiamento da votação da Lei de Responsabilidade Fiscal Estadual e do projeto que altera o conselho do MT-Prev.
Os deputados estaduais estão reunidos na presidência da Assembleia Legislativa, discutindo o que fazer. Há possibilidade de realizar a sessão dentro do gabinete da presidência, em função de o plenário estar ocupado pelos manifestantes.
O líder do governo, deputado Dilmar Dal Bosco (DEM), acabou de chegar de uma reunião no Palácio Paiaguás, com o vice-governador Otaviano Pivetta (PDT), e informou à imprensa que a determinação do governo é colocar esses projetos em votação ainda hoje. Segundo o parlamentar, o governador Mauro Mendes (DEM) cancelou uma reunião que teria com todos os governadores em Brasília, para voltar a Mato Grosso, diante da crise com o funcionalismo.
Dilmar destacou que, antes mesmo da mobilização dos servidores, havia um acordo para incluir na LRF Estadual um gatilho que permita a concessão da RGA em dois anos. “Definimos por colocar esse gatilho independentemente de greve”, afirmou.
O secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, informou ao LIVRE que o governo concorda com o gatilho. “Já concordamos com a solicitação de revisão do RGA daqui a dois anos”, disse.