Antes de viabilizar a aliança para a provável campanha à reeleição do governador Pedro Taques neste ano, o PSDB tem o desafio de vencer o racha interno e unificar o partido no apoio ao atual gestor. Além de Taques, os tucanos têm o projeto de lançar, também, o deputado federal Nilson Leitão na corrida pelo Senado. O presidente regional do PSDB, Paulo Borges, disse que trabalha para unir o partido.
“Não, 100% não”, respondeu Borges, ao ser questionado pela imprensa se o PSDB estava totalmente fechado com Taques. “Partido é partido porque sempre tem pensamentos divergentes de membros que têm o mesmo ideal. Vamos trabalhar no convencimento”, afirmou.
O racha se torna mais evidente com a proximidade do fim do prazo para mudança de partido, que se encerra em 7 de abril. Diante da falta de consenso interno, Taques cogita até mesmo mudar de partido. A principal opção é o PPS, hoje presidido pelo seu secretário de Educação (Seduc), Marco Marrafon.
Borges sustenta que é possível unir o tucanato. “Por isso acho importante fazer reuniões periódicas, conversar com os prefeitos, sentir o que está acontecendo, o que pode melhorar. A militância do PSDB é aguerrida, e sempre pesou nas eleições, independentemente do resultado”, afirmou.
PSD e DEM
O presidente do PSDB assumiu a missão de articular a coligação para as eleições deste ano. Ele disse que ainda vê chances de ter o DEM e o PSD no arco de alianças, mesmo com a recente decisão do partido do vice-governador Carlos Fávaro (PSD) de declarar independência e entregar os cargos no governo. Fávaro se lançou com pré-candidato ao Senado.
“Foi uma decisão partidária. Entenderam que entregar tornaria o partido mais independente para discutir os projetos que interessam ao partido. Não fecharam as portas nem para apoiar Taques, nem outros projetos. Isso é natural, para que o partido chegue forte lá na frente”, disse Borges.
O DEM ventila os nomes do ex-senador Jayme Campos e do ex-prefeito de Cuiabá Mauro Mendes como possíveis candidatos para o Palácio Paiaguás ou para o Senado. Borges compareceu ao ato de filiação do DEM na sexta-feira (23) e observou que a sigla ainda não rompeu com o governo Taques. Ele promete trabalhar até o último momento, ou seja, até a convenção, para manter o mesmo arco de aliança. “Vamos convencer que nosso projeto é melhor”, disse.