João Amoêdo (Novo) é o candidato das ideias liberais. Dono de uma carreira invejável, o executivo que ocupou cargos importantes nas principais empresas bancáriasdo Brasil, como Citibank, BBA, Creditansalt, Fináustria, Unibanco e Itaú-BBA, agora ele quer ser presidente do Brasil.

Pré-candidato pela legenda que ajudou a fundar e da qual é o principal representante, Amoêdo tem como proposta reduzir o papel do Estado, equilibrar as contas públicas e realizar reformas estruturais.

Engenheiro, executivo e liberal, o candidato é um novato na política nacional e nunca ocupou cargo eletivo, mas Amoêdo pensa grande e longe. Ganhar a eleição de 2018 e ocupar a principal cadeira do Palácio do Planalto não é tarefa fácil, mas o mesmo se mostra otimista com os resultados, independente de quais sejam.

Em entrevista exclusiva ao LIVRE, João Amoêdo conversou sobre privatizações, sistema político e suas expectativas para as eleições.

1- O partido Novo prega um Estado pequeno, mas qual seria o tamanho ideal do Estado?

João Amoêdo – No Novo nós defendemos o “cidadão-máximo”. Acreditamos que o indivíduo sabe, melhor do que ninguém, o que fazer com o seu dinheiro e com a sua vida. Por isso, a ideia principal do Novo é dar poder ao cidadão. Então, o tamanho de Estado ideal é aquele em que o trabalhador tenha liberdade para empreender, com menos burocracia, menos regulamentações do governo, carga tributária menor e mais simples. O Estado precisa parar de atrapalhar os brasileiros e parar de ser um peso para aqueles que querem trabalhar. O Estado deve focar no que é essencial para a população: saúde, educação e segurança. Além disso, defendemos mais poder para os estados e municípios e menos poder concentrado em Brasília, que está muito longe da realidade da maioria dos brasileiros.

2 – Em um cenário político nacional com grande quantidade de articulações e negociatas, ser o candidato do único partido que não faz coligações não inviabiliza uma eleição majoritária?

Amoêdo – Nós não vamos seguir o modelo da velha política de fazer coligações apenas para ter mais tempo de TV e fundo partidário. Iremos nos coligar apenas com aqueles partidos que tenham os mesmos valores que os nossos e que respeitem o dinheiro e o cidadão brasileiro. No momento, ainda não encontramos nenhum partido com essas características. Precisamos não só de nomes novos na política, mas de atitudes, práticas e valores novos. Teremos mais de 350 candidatos ao Congresso. Pessoas honestas e competentes, que passaram por um rigoroso processo seletivo. Teremos também candidatos aos governos do Distrito Federal, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, São Paulo, e, possivelmente, Rio de Janeiro.

3 – O seu partido e sua candidatura são famosos por levantar bandeiras de liberdade econômica e privatizações, na sua visão qual estatal precisa com mais urgência ser privatizada?

Amoêdo – Acredito que poderíamos começar pelos Correios, um dos poucos monopólios que dão prejuízo, pois já foi autorizado o início dos estudos para sua privatização. Acredito também que todas as estatais devem ser privatizadas. A privatização não deve ser o fim, mas sim um meio para reduzirmos a corrupção e o poder dos políticos. Hoje em dia, a maioria das estatais é administrada por políticos, que as utilizam para se perpetuar no poder e para ter mais benefícios. Tão importante quanto privatizar é tirarmos do Estado seu poder de controlar um mercado, escolhendo quem pode e quem não pode entrar nele. Para os brasileiros terem melhores serviços e produtos mais baratos, precisamos privatizar e abrir o mercado para termos mais concorrência.

4 – Qual o maior problema do Brasil hoje e como superá-lo?

Amoêdo – Acredito que o maior problema do Brasil hoje é o modelo de Estado que temos. Temos um Estado que dá auxílios para quem menos precisa, benefícios para quem menos merece e tributa quem mais trabalha. Nosso modelo de Estado é de grande concentrador de renda e funciona como um Robin Hood às avessas: tira dos mais pobres para dar para os mais ricos. Ele não serve aos interesses do brasileiro, mas apenas aos interesses de uma minoria. Para resolver isso, precisamos alterar o nosso modelo de Estado.

5 – O senhor anunciou que teria apenas 10 ministérios aproximadamente se fosse eleito, quais seriam esses ministérios? E que ministérios não deveriam existir de jeito nenhum?

Amoêdo – Um governo ágil precisa de uma estrutura mais simples e inteligente. Certas atribuições, apesar de sua importância, não deveriam ter nível ministerial, como o Ministério do Esporte, que poderia ser integrado a outros ministérios. Além disso, entidades como o Banco Central ou a Secretaria de Governo não deveriam ter status de ministério. A princípio, penso em agrupar certos ministérios em uma mesma pasta, que trabalharia de forma integrada. Por exemplo, penso em um ministério de Gestão Pública, que incluiria parte do planejamento, fazenda, transparência. Esse ministério teria como objetivo reformar o Estado e a administração pública e auxiliar na criação de um novo Pacto Federativo.

 

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