Um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) foi aberto pela Controladoria Geral do Estado (CGE) para investigar a conduta do ex-servidor Valdísio Juliano Viriato. Ele é acusado de participar de um esquema que desviava recursos públicos por meio da compra de combustível fictício para a frota do governo do estado.
O escândalo foi delatado pelo ex-governador Silval Barbosa e pelo ex-secretário da Casa Civil, Pedro Nadaf, e está sendo investigado na Operação Sodoma.
O procedimento foi publicado no Diário Oficial de terça-feira (31), instaurado pelo Controlador-Geral do Estado Ciro Rodolpho Gonçalves, no último dia 15 de junho. O PAD deve ser concluído em até 60 dias, mas existe a possibilidade de prorrogação por mais dois meses. Caso a suspeita de irregularidade seja comprovada, ele fica proibido de voltar a exercer cargos no serviço público.
Viriato foi desligado do poder público em 30 de dezembro de 2014, à época exercia o cargo de secretário-adjunto de Gestão Sistêmica na antiga Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana (Setpu), atual Sinfra.
Além de Viriato, outros dois também serão investigados: Alaor Alvelos Zeferino de Paulo, que atuava como secretário-adjunto de Transportes e Vias Urbanas da antiga Setpu, servidor de carreira, ele permanece trabalhando na Sinfra, e Diego Pereira Marconi, à época servidor comissionado, no cargo de Gerente de Restauração e Implantação. Este último foi desligado do Poder Executivo Estadual em janeiro de 2015.
O Processo Administrativo em questão é resultante da quarta fase da Operação Sodoma, deflagrada em setembro de 2016, que investiga fraude à licitação e contratos públicos de compra de combustível entre os anos de 2011 e 2014.
Segundo a CGE, os servidores serão investigados por atuar diretamente nas fraudes de licitações e contratos das empresas Marmeleiro e Saga, em troca propina, além de atestar pagamento de notas fraudulentas de consumo fictício de combustível e auxiliar no controle de consumo fictício de combustível.
O esquema, liderado pelo ex-governador Silval Barbosa, causou prejuízos de pelo menos R$ 8,1 milhões, segundo apurou o Ministério Público Estadual (MPE). Em sua composição, estavam o governador, secretários, servidores públicos e empresários do ramo de combustíveis. Relembre quem são eles: