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Casal escolhe esperar casamento para ter a primeira vez e afirma: “é como antigamente, vale a pena”

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Casal escolhe esperar casamento para ter a primeira vez e afirma: “é como antigamente, vale a pena”
(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

Um ano evangelizando juntos. Quatro meses em oração. Oito meses em um relacionamento em que somente oravam e conversavam. O primeiro dia de casamento – no cartório – foi na última quinta-feira (21). Neste sábado (23), Bruno Holsbach, 23 anos, e Aline Tagliari (agora também Holsbach), 27 anos, se casam na igreja e, finalmente, passarão a viver uma vida de casal.

Os dois optaram por viver um relacionamento de “côrte”, quando o casal namora apenas com conversas e orações, sem nenhum tipo de toque, dando até mesmo o primeiro beijo só depois do casamento.

A primeira vez do casal deverá acontecer somente depois desta noite, visto que o casamento religioso será às 17 horas deste sábado. A partir deste horário, Bruno e Aline enfim viverão como marido e mulher.

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O início

A escolha do casal é totalmente ligada à religião que praticam. Ambos são da Videira, mas nem sempre foi assim. Bruno vem de uma família religiosa, mas só se converteu no fim de 2011, quando finalmente conheceu a fé.

“Minha família sempre teve esse princípio da palavra de Deus. Eu acho que tive uma experiência com Deus porque tive uma mãe que intercedeu, tias que sempre oraram por mim, então minha família desde criança me levava, mas só com 16 anos eu fui ser impactado”, contou Bruno.

Já Aline demorou um pouco mais. Foi somente aos 24 anos que a servidora pública conheceu a Videira e se converteu e, antes disso, já tinha vivido um relacionamento comum. Vindo de uma família seguidora de outra religião, ela encontrou bastante resistência dentro de casa, inclusive na ideia do casamento aos moldes da côrte.

Aliás, a história desse casamento começou depois da conversão. Bruno é discipulador na igreja Videira e, um dia, ao ir receber uma nova célula pela qual se tornaria responsável, encontrou Aline. Desde o primeiro momento, ele sentiu um encanto pela moça.

(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

A princípio, caminharam juntos na fé, como amigos e discípulos, seguindo assim por mais de um ano, mesmo que a admiração recíproca estivesse clara para os dois. Até que, como os dois narraram, “chegou a hora que Deus fez acontecer” e eles perceberam que sentiam algo a mais.

Os dois foram até os pastores da igreja e conversaram sobre a vontade de viver a côrte. Como eles são bem criteriosos em relação a esse tipo de relacionamento, pediram que, primeiramente, os dois orassem e buscassem em Deus a convicção de que eram as pessoas certas um para o outro.

“Acho que foi muito importante, porque foi um tempo de busca a Deus, que o Senhor foi gerando essa certeza no nosso coração. Então quando entramos na côrte já estávamos há quatro meses assim conversando e orando, já tínhamos certeza que íamos entrar na côrte para casar”, contou Aline.

“O relacionamento que temos é um relacionamento em santidade. Então é um relacionamento radical, onde não nos tocamos, não nos relacionamos sexualmente e é tudo na base da oração. Nós buscamos a Deus e o passo que estamos dando hoje é porque temos a convicção que é de Deus o nosso relacionamento”, disse Bruno.

“Vale a pena”

Um amor construído nos detalhes, dia após dia, conforme os dois foram se conhecendo. Nos moldes de antigamente, quando o casal namorava somente pegando na mão e conversando, muitas vezes somente na frente dos pais da moça. Um relacionamento que começa, acima de tudo, na amizade e no “conhecer” um ao outro.

“Eu acho que o fato de ter tido uma experiência de um relacionamento lá fora e uma experiência nos moldes cristãos me dá oportunidade de dizer que, realmente, vale a pena esperar, vale a pena você só se relacionar sexualmente dentro do seu casamento, porque essa relação que a gente construiu só foi possível justamente pelo fato de a gente ter isso tudo, ao invés de perder tempo com prazeres, a gente gastou o tempo conhecendo os defeitos e as qualidades um do outro”, afirmou Aline.

(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

Aline fez questão de falar que não é fácil – visto que os jovens sentem o desejo da carne – ela contou que ao longo da côrte viveram vários momentos de dificuldades, mas que a partir do momento que o casal decide viver essa experiência, passa a perceber que Deus guarda a vida dos dois.

“Nós já tivemos momentos que talvez poderia ter acontecido, mas vimos que realmente o Espírito Santo estava ali naquele momento para falar ‘não, vocês podem ir até aqui, daqui para frente não vai, porque não é isso que eu preparei para vocês’. E nós víamos mesmo o cuidado e o amor de Deus na nossa vida e que realmente vale a pena sim esperar, porque eu penso que o amor é uma amizade profunda, não existe coisa melhor do que você ter um companheiro de vida e um amigo ao mesmo tempo”, disse a noiva.

Bruno contou que sempre teve o desejo de ter uma mulher só para toda a vida, mesmo antes de se converter e sente que Deus guardou sua vida para que encontrasse a Aline.

“Se eu pudesse dar um conselho para todas as pessoas eu diria para viverem essa maneira de se relacionar, em santidade, se conhecendo primeiro. Todo mundo já teve um melhor amigo que lá no fundo sente algo a mais, então esse relacionamento de melhores amigos é um relacionamento da côrte, porque você conhece, tem intimidade, então é só esperar o casamento para viver as demais experiências”, afirmou o noivo.

(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

O casal, que neste sábado se une, quer construir toda a vida juntos daqui para frente, conquistar a casa própria, construir uma família com quantos filhos for a vontade de Deus e, principalmente, criar essas crianças dentro dos mesmos ensinamentos que acreditam, envolvidas na fé e na igreja Videira.

“Nós não tivemos a oportunidade de nascer de fato em um berço evangélico, nos convertemos após uma certa idade, mas queremos dar esse privilégio para os nossos filhos, porque muitas frustrações que vivemos na nossa vida anterior – antes da conversão -, podemos ajudar nossos filhos a ser privados de viver, coisas que o mundo – que está de cabeça para baixo – oferece”, disse Aline.

Às 17 horas, os dois concretizarão o relacionamento que chamam de “milagre de Deus”, em uma cerimônia repleta de amor, amizade, fé e companheirismo. Eles acreditam que Deus os uniu porque tinha um propósito para a vida dos dois e que, através desse relacionamento abençoado, viverão, enfim, uma vida diferente e abençoadamente feliz.

(Foto:Ednilson Aguiar/ O Livre)

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