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Batalha de poesia: Pacha Ana concorre a vaga em campeonato mundial na França

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Batalha de poesia: Pacha Ana concorre a vaga em campeonato mundial na França
Pacha Ana em ação no Slam BR 2018 (Foto: Sérgio Silva)

Pela segunda vez consecutiva representando Mato Grosso no Campeonato Nacional de Poesia Falada – Slam BR, Pacha Ana está na final da disputa por uma vaga no mundial da modalidade. Caso obtenha a maior nota entre os seis finalistas neste domingo (16), em São Paulo (SP), a poeta, natural de Rondonópolis, representará o Brasil no campeonato em Paris, na França.

A final do Slam BR 2018 será transmitida ao vivo no Facebook pela página oficial do campeonato e pode ser acompanhada, também, pela página do Slam do Capim Xeroso, batalha de poesia mato-grossense. As apresentações começam às 17h, no Sesc Pinheiros.

Nas performances deste ano, Pacha Ana foi classificada com a maior nota de sua chave (8,9) para a semifinal, realizada neste sábado (15). Nas letras escolhidas para a fase que a classificou, a mato-grossense exaltou a religiosidade afro-brasileira e a liberdade feminina sob o corpo, trazendo à tona questões como apropriação cultural, intolerância religiosa e a sociedade patriarcal.

O Campeonato Nacional de Poesia Falada – Slam BR reúne, em 2018, 25 campeões estaduais, se consolidando como o maior evento de poetry slam da América Latina.

Poetry slams são batalhas de poesia falada celebradas em mais de 500 comunidades do mundo desde a década de 1980, surgindo nos EUA e se espalhando pelo Brasil. Na competição, os poetas leem ou recitam um trabalho original e têm suas performances julgadas por membros selecionados da plateia ou então por uma comissão de jurados. 

Pacha Ana

Ana Gabriela, mais conhecida como Pacha Ana, dá a letra em diversos segmentos da cultura mato-grossense, em que figura dentre as protagonistas femininas em movimentações culturais e sociais. Na literatura falada é agitadora do movimento Slam do Capim Xeroso, batalha de poesia de Mato Grosso, que a alçou à semifinal do Slam BR 2017.

Como MC e cantora, sua musicalidade é marcada pela união de ritmos e composições carregadas de críticas sociais e vivências na cena (predominantemente masculina) do hip-hop. Ao rap, ela mistura maracatu e atabaque, evidenciando a ancestralidade do povo negro em seu primeiro disco recém-lançado, Omo Oyá.

Pacha Ana também é vocalista do grupo de Maracatu Buriti Nagô e uma das idealizadoras da Batalha das Minas, batalha de rima que reúne as MC’s mulheres em Cuiabá.

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