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Após nove horas perdidas na floresta, crianças são resgatadas

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Após nove horas perdidas na floresta, crianças são resgatadas

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Policiais militares e bombeiros do município de Colniza, situado no extremo Noroeste do Estado, resgataram na madrugada desta sexta-feira (11) duas crianças que estavam perdidas em uma região de mata.

Os irmãos Ícaro, de 8 anos, e Jeyelli, de 10, passaram pouco mais de nove horas floresta adentro, até serem localizados pelos policiais Cláudia Kafer e Júlio César da Silva, por volta de 2h15. Cansados, já tinham improvisado uma “cama” formada por folhas de coqueiro.

Cansados, os irmãos já tinham improvisado uma “cama” formada por folhas de coqueiro

Kafer narrou que a PM recebeu o chamado da família solicitando ajuda à meia-noite. A PM, então, acionou os bombeiros e meia hora depois se encontravam na propriedade rural em que as crianças residem com os familiares, e de onde teriam se perdido.

O local, de acordo com a soldado, fica próximo a uma ampla área de manejo florestal. As crianças entraram na mata à procura de uma ferramenta aproximdamente às 17h, soube da família.

Com a sirene, os bombeiros iluminaram o espaço e as buscas tiveram início. Participaram da ação quatro policiais, três bombeiros e um brigadista. O grupo dividiu-se em duplas e separou-se.

“Depois de um tempo fomos nos distanciando, de modo que  não ouvia mais o grito do restante dos colegas”, afirmou Kafer. Depois de mais de duas horas, os chamados da soldado e de Júlio César pelos nomes dos desaparecidos passaram a ser respondidos pelas vozes das crianças, encontradas em seguida.

“Elas já tinham tirado um cochilo, estavam muito cansadas, sem comida. Chegaram a caminhar 15 quilômetros “, detalhou a soldado.

“Em seis anos na Polícia, foi a diligência mais cansativa e feliz da minha vida”, afirmou a soldado Kafer

Os irmãos apresentavam arranhões e marcas de espinhos pelo corpo, mas estavam conscientes e sem maiores ferimentos, relatou Kafer. “Eles disseram que só queriam encontrar a ferramenta”, contou.

Na volta, após quarenta minutos, os policiais e as crianças encontraram parte dos membros do grupo que estava na mata. No caminho, a soldado agasalhou Jeyelli com a sua farda e carregou a menina, que tinha perdido o chinelo.

Às quatro da manhã, após seguirem o curso de um pequeno rio, o grupo e as crianças conseguiram sair da floresta. Do lado de fora, familiares dos irmãos os aguardavam.

“Em seis anos na Polícia, foi a diligência mais cansativa e feliz da minha vida”, destacou Kafer, com a voz ainda rouca da madrugada anterior.

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